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Discussão sobre dívida pública ocupa o centro do debate econômico, afirma Galípolo

Publicado 26/06/2025 • 12:52 | Atualizado há 18 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (26), em Brasília, que a discussão sobre a sustentabilidade da dívida pública tem ganhado centralidade no debate econômico brasileiro.
  • Galípolo destacou que existe no Brasil certa confusão entre as taxas de juros de curto prazo, como a Selic, e as taxas de médio e longo prazo.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (26), em Brasília, que a discussão sobre a sustentabilidade da dívida pública tem ganhado centralidade no debate econômico brasileiro. A declaração foi dada durante a apresentação do Relatório de Política Monetária de junho.

“Esse é o tema que tem ocupado de maneira bastante clara aqui o debate”, disse Galípolo. Segundo ele, o país vem conduzindo a discussão com avanços e bloqueios, algo próprio do processo democrático. O presidente do BC avaliou que o cenário atual reforça a importância de medidas estruturantes para garantir equilíbrio fiscal e controle da trajetória da dívida.

Galípolo destacou que existe no Brasil certa confusão entre as taxas de juros de curto prazo, como a Selic, e as taxas de médio e longo prazo. De acordo com ele, isso ocorre em função da presença de títulos públicos atrelados à Selic, o que acaba aproximando conceitos distintos de remuneração da dívida e condução da política monetária.

“A taxa de juros de médio e longo prazo responde muito mais a outros fatores, especialmente ao fiscal e à dinâmica de oferta e demanda no mercado de títulos públicos, do que à política monetária em si”, afirmou.

O presidente do BC observou que o cenário internacional contribuiu para um aumento na oferta de títulos públicos nos últimos anos, devido a esforços fiscais em momentos excepcionais. Ele citou a crise de 2008, a pandemia de Covid-19 e as tensões geopolíticas recentes. “Nos últimos anos houve sucessivos períodos excepcionais que exigiram esforços fiscais relevantes, sobretudo em países avançados, o que ampliou a oferta e elevou o estoque de dívidas”, explicou.

Paralelamente, a demanda por esses títulos também sofreu alterações, com redução da participação de bancos, mudanças regulatórias e envelhecimento da população, o que impactou o perfil de investimento de fundos de pensão. O dirigente avaliou que esse movimento gerou um novo equilíbrio global no mercado de dívida pública, com reflexos para o Brasil.

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Durante a coletiva, Galípolo também foi questionado sobre as dificuldades do governo em aprovar medidas estruturantes de longo prazo e sobre as perspectivas para o cenário fiscal até as eleições de 2026. Segundo ele, o Banco Central continuará cumprindo seu papel de acompanhar os impactos fiscais sobre a inflação corrente e as expectativas.

“O Banco Central vai consumir essas informações e fazer o seu trabalho com a percepção da meta e demonstrar compromisso com ela, como vem fazendo”, declarou.

Galípolo relatou que, em todas as conversas mantidas com autoridades do governo, como o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, encontrou disposição para buscar soluções para os desafios fiscais. “Sempre houve inclinação para construir propostas que ofereçam sustentabilidade fiscal”, disse.

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