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Carros são roubados e exportados do Reino Unido em menos de 24 horas, aponta relatório
Publicado 27/06/2025 • 13:19 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 27/06/2025 • 13:19 | Atualizado há 2 meses
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Carros estão sendo roubados e enviados para fora do Reino Unido em menos de 24 horas, segundo um novo relatório que revela o impacto bilionário desse tipo de crime para os consumidores britânicos e a economia do país.
De acordo com o Royal United Services Institute (RUSI), grupo de estudos em defesa e segurança, gangues criminosas organizadas estão por trás do aumento significativo dos roubos de veículos. Em relatório publicado na quinta-feira, o instituto destaca que o número de furtos no Reino Unido cresceu 75% na última década, chegando a cerca de 130 mil veículos por ano.
Os alvos não se limitam a carros de luxo, como Range Rovers e Rolls-Royces — modelos populares como Ford Fiesta, Ford Focus e Volkswagen Golf também figuram entre os mais roubados, conforme dados sobre as marcas e modelos mais visados.
As quadrilhas utilizam tecnologias sofisticadas, constantemente atualizadas para contornar os sistemas de segurança implementados pelos fabricantes. Isso permite que os veículos sejam capturados com relativa facilidade.
“As técnicas, redes e rotas de contrabando bem estabelecidas desses grupos possibilitam que os carros sejam roubados, carregados e retirados do Reino Unido em apenas um dia”, destaca o relatório. O RUSI classifica o roubo de veículos não mais como um crime oportunista de baixo nível, mas como uma atividade de crime organizado de alto valor e baixo risco, com ramificações nacionais e internacionais.
“O que enfatizamos nas conclusões é que, hoje, uma determinada marca ou modelo pode ser o alvo — mas, se ela for eliminada com avanços tecnológicos, ou se a demanda mudar, outro veículo ocupará seu lugar”, disse Elijah Glantz, pesquisador da Equipe de Crime Organizado e Policiamento do RUSI e um dos coautores do relatório, em entrevista à CNBC.
Os criminosos, segundo o relatório, estão mais ousados e organizados, conseguindo abastecer mercados onde os veículos são caros, escassos e onde a demanda por peças ou por carros inteiros é elevada.
Entre os principais destinos de carros roubados de alto valor estão os Emirados Árabes Unidos, a Geórgia (no Cáucaso), Chipre e a República Democrática do Congo.
O aumento no custo global de veículos e peças, além da escassez em alguns mercados, leva consumidores a buscar alternativas mais baratas — muitas vezes no mercado ilícito, com produtos provenientes de roubos, afirmou Glantz.
A CNBC entrou em contato com a Agência Nacional de Crimes do Reino Unido, responsável por investigar crimes graves e organizados, para comentar as conclusões do relatório.
Além dos danos diretos aos proprietários, o impacto financeiro dos roubos de veículos se estende por toda a economia britânica.
“O roubo de veículos atualmente custa à economia do Reino Unido cerca de £1,77 bilhão (cerca de US$ 2,43 bilhões) por ano e provocou um aumento de 82% nos prêmios de seguro desde 2021”, afirma o relatório assinado por Glantz e seus coautores, Mark Williams e Alastair Greig. Esse aumento é agravado pelos custos de reparo, alta nos preços dos veículos e pelas pressões econômicas em geral.
A estimativa de £1,77 bilhão corresponde a uma métrica social e econômica baseada em dados do Ministério do Interior britânico, que considera os custos com prevenção, os danos às vítimas (individuais ou corporativas) e os gastos relacionados à remediação do crime.
“O custo dos veículos aumentou, o seguro também. Os fabricantes investem fortunas em segurança, então o custo da criminalidade cresceu — e o volume de crimes também. Por isso, esse número de £1,77 bilhão pode ser até conservador”, avaliou Glantz.
Embora o roubo e exportação de carros não sejam exclusividade do Reino Unido — o Canadá, por exemplo, também enfrenta aumento no envio de veículos roubados para a África Central e Ocidental —, há fatores que tornam o Reino Unido especialmente vulnerável: sua geografia insular, a estrutura logística e a priorização de crimes violentos pelas forças policiais com recursos limitados.
“O Reino Unido é um parceiro comercial global, com fortes relações com países como os Emirados Árabes e nações africanas. Mas também há um ponto de fragilidade nos portos”, destacou Glantz. Segundo ele, as autoridades concentram esforços na inspeção de mercadorias que entram no país, mas dedicam muito menos atenção ao que está sendo exportado.
“Como resultado, os sistemas estão bastante vulneráveis”, concluiu.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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