Moody’s vê avanços no corte de despesas, mas credibilidade fiscal é um desafio, diz analista
Publicado 02/12/2024 • 20:19 | Atualizado há 5 meses
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
Leia a carta do CEO da Hertz aos funcionários sobre a participação ‘significativa’ de Bill Ackman na locadora de veículos pós-falência
Fusão entre Capital One e Discover é aprovada pelo Fed em transação de mais de US$ 35 bi
Pré-venda do Nintendo Switch 2 nos EUA começa em 24 de abril após atraso causado por tarifas
Onde o ‘Made in China 2025’ falhou
Publicado 02/12/2024 • 20:19 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Algumas das medidas que o governo enviou ao Congresso para conter as despesas, como a nova regra para calcular o salário-mínimo, são um avanço para a economia brasileira, afirmou analista Samar Maziad, da Moody’s, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
No começo de outubro, o rating do Brasil foi elevado para Ba1, um nível abaixo do grau de investimento, devido a um cenário mais favorável de crescimento econômico.
Maziad afirma que as recentes medidas fiscais não conseguiram ainda melhorar a credibilidade do Brasil, particularmente no que se refere à gestão fiscal. A expectativa de uma redução no custo de empréstimos não se materializou como esperado, e o ciclo virtuoso, que deveria melhorar a dinâmica econômica, ainda não foi alcançado. A combinação de uma política fiscal incerta e expectativas de inflação mais altas contribui para o cenário desafiador, afetando também a taxa de juros e o custo da dívida do governo.
A analista afirma que o governo está no caminho certo e que as reformas continuam sendo fundamentais para a continuidade do crescimento.
A previsão de crescimento melhorada, juntamente com um histórico de reformas estruturais, são fatores que sustentam a perspectiva positiva da agência, segundo ela.
O crescimento dos últimos anos é o mais alto e sustentado do Brasil nos últimos anos, e esse foi um dos principais fatores para a revisão positiva.
Maziad mantém uma visão otimista, observando que ainda há tempo para avaliar os próximos passos do governo, que pode adotar novas políticas para fortalecer sua credibilidade fiscal. O intervalo para a avaliação de uma perspectiva positiva ou negativa em relação à classificação de risco é de 12 a 18 meses, o que significa que o Brasil ainda tem pelo menos um ano para mostrar os impactos totais do pacote fiscal atual.
Mais lidas
Robôs humanoides realizam a primeira meia-maratona do mundo em Pequim
Nova rota direta entre China e Brasil deve facilitar a importação de insumos industriais e tecnológicos
Especialistas veem riscos maiores de estagflação. Veja o que isso significa para o bolso americano
Fávaro apresenta a Lula propostas para ampliação do Sistema de Inspeção de Produtos
Trump ameaça abandonar negociação de paz entre Rússia e Ucrânia