A Wise apresentou oficialmente nesta quinta-feira (3), em evento em São Paulo, o “Rende+”, novo produto que permite rendimento em dólar, euro e libra esterlina com liquidez imediata. A solução, segundo a empresa, mira clientes interessados em viagens, remessas internacionais e diversificação de patrimônio.
Destinado a pessoas físicas, o produto é oferecido em parceria com a Genial Investimentos, que responde pela estrutura regulatória e habilitação no Brasil. As tarifas anuais variam entre 0,16% e 0,45%, conforme a moeda, e o rendimento é baseado em fundos de títulos públicos, com ganhos refletidos diariamente.
Não há exigência de valor mínimo para aplicação nem carência para resgate e os valores investidos podem ser usados diretamente no cartão Wise Visa ou enviados para o exterior. Os valores são mantidos em ativos globais de alta liquidez e baixo risco, incluindo títulos de dívida governamental, com baixa taxa de conversão, IOF de 0,38% e uma estrutura de custos transparente.
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Questionado sobre o impacto das recentes notícias sobre o IOF, Ricardo Amaral, country manager da Wise no Brasil e líder de banking para a América Latina, minimizou os efeitos e reforçou o foco da Wise em oferecer produtos seguros e transparentes.
“A Wise opera em 160 países e está acostumada com variações regulatórias”, disse. “Nosso foco é entregar o produto certo para o cliente, com segurança e transparência.”
De acordo com Amaral, 80% do dinheiro guardado por clientes brasileiros na plataforma está em dólar, libra e euro, e 68% aproveitam momentos de queda no câmbio para fazer aportes. “Identificamos a demanda por uma solução que permita rendimento sobre os saldos em moeda estrangeira”, disse Amaral.
“Muitos clientes nos perguntavam quando poderiam começar a ver retorno sobre o dinheiro guardado. A transparência é um dos nossos pilares, o cliente sabe o quanto investe, o quanto rende e quanto paga em tarifas”, complementou.
Brasil como hub para a América Latina
A Wise ainda anunciou que o Brasil será o novo hub da empresa para a América Latina, com expansão do escritório em São Paulo e expectativa de dobrar o número de colaboradores até o fim do ano.
A escolha do país para centralizar as operações regionais está ligada à força da base local e disponibilidade de talentos em tecnologia e fintech. “O Brasil se tornará um hub de tecnologia e produto”, afirmou Amaral.
Segundo a empresa, o crescimento anual da base de clientes no Brasil foi de 45% no último ano fiscal encerrado em 31 de março de 2025. O país já soma 3 milhões de cartões emitidos, com aumento de 50% no volume de emissões em um ano.
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