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Negociações de cessar-fogo entre Israel e Hamas são retomadas enquanto Trump pressiona por acordo

Publicado 08/07/2025 • 09:48 | Atualizado há 10 horas

AFP

KEY POINTS

  • Negociações indiretas sobre um cessar-fogo em Gaza entre Israel e Hamas foram retomadas nesta terça-feira (8) no Catar, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionava o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
  • “As negociações indiretas continuam nesta manhã em Doha, com a realização do quarto encontro... as discussões ainda estão focadas nos mecanismos de implementação, especialmente nas cláusulas relacionadas à retirada e à ajuda humanitária”, disse à AFP um oficial palestino próximo às conversas.
  • “Até agora, nenhum avanço foi alcançado, e as negociações seguem em andamento”, afirmou outro representante palestino.

Foto: Eyad BABA / AFP

Negociações indiretas sobre um cessar-fogo em Gaza entre Israel e Hamas foram retomadas nesta terça-feira (8) no Catar, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionava o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por um acordo para encerrar a guerra.

“As negociações indiretas continuam nesta manhã em Doha, com a realização do quarto encontro… as discussões ainda estão focadas nos mecanismos de implementação, especialmente nas cláusulas relacionadas à retirada e à ajuda humanitária”, disse à AFP um oficial palestino próximo às conversas.

“Até agora, nenhum avanço foi alcançado, e as negociações seguem em andamento”, afirmou outro representante palestino.

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Israel e Hamas iniciaram esta nova rodada de negociações no domingo, com representantes dos dois lados posicionados em salas separadas dentro do mesmo edifício.

Com as conversas em andamento, Netanyahu viajou a Washington para sua terceira visita desde o retorno de Trump à presidência. Na segunda-feira, o presidente americano declarou estar confiante de que um acordo pode ser alcançado.

“Não acho que haja um impasse. Acho que as coisas estão indo muito bem”, disse Trump a repórteres ao ser questionado sobre o que estaria impedindo um acordo de paz.

Sentado do outro lado de uma longa mesa frente ao líder israelense, Trump também afirmou que o Hamas está disposto a encerrar o conflito em Gaza, que entra agora em seu 22º mês.

“Eles querem se reunir e querem esse cessar-fogo”, disse Trump a jornalistas na Casa Branca, ao ser perguntado se os confrontos envolvendo soldados israelenses poderiam atrapalhar as negociações.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, deve participar das negociações em Doha nesta semana.

“Não nos importamos”

Enquanto isso, Netanyahu descartou a criação de um Estado palestino pleno, insistindo que Israel “sempre” manterá o controle de segurança sobre a Faixa de Gaza.

“Agora, as pessoas vão dizer que isso não é um Estado completo, que não é um Estado. Nós não nos importamos”, afirmou Netanyahu.

No campo de batalha, cinco soldados israelenses foram mortos em combate no norte de Gaza, informou o Exército nesta terça-feira, em um dos dias mais letais para as forças israelenses no território palestino neste ano.

Netanyahu lamentou o que chamou de “manhã difícil”, dizendo: “Todo o povo de Israel curva a cabeça e lamenta a perda de nossos soldados heroicos, que arriscaram suas vidas na batalha para derrotar o Hamas e libertar todos os nossos reféns.”

Correspondentes militares israelenses informaram que as mortes ocorreram após a detonação de artefatos explosivos improvisados na região de Beit Hanun, no norte do território.

Ao menos 445 soldados israelenses foram mortos desde o início da guerra em Gaza, segundo uma contagem da AFP.

Na segunda-feira, a agência de defesa civil informou que as forças israelenses mataram ao menos 12 pessoas em Gaza, incluindo seis em uma clínica que abrigava deslocados pela guerra.

Restrições à imprensa e dificuldades de acesso a diversas áreas de Gaza impedem que a AFP verifique de forma independente os números e os detalhes fornecidos pela agência de defesa civil.

A guerra provocou uma situação humanitária crítica para os mais de dois milhões de habitantes da Faixa de Gaza.

Apesar do apoio total da administração Trump a Israel, o presidente americano tem pressionado cada vez mais pelo fim do que chamou de “inferno” em Gaza, e afirmou no domingo acreditar haver uma “boa chance” de um acordo ainda nesta semana.

“A maior prioridade do presidente neste momento no Oriente Médio é encerrar a guerra em Gaza e garantir o retorno de todos os reféns”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.

Leavitt disse que Trump quer que o Hamas aceite “agora” a proposta mediada pelos Estados Unidos, depois que Israel já concordou com o plano de cessar-fogo e troca de reféns por prisioneiros palestinos.

Viagem do enviado

A proposta dos Estados Unidos inclui uma trégua de 60 dias, durante a qual o Hamas libertaria 10 reféns vivos e entregaria vários corpos em troca de palestinos detidos por Israel, segundo duas fontes palestinas próximas às negociações disseram à AFP anteriormente.

O grupo também exige certas condições para a retirada israelense, garantias contra a retomada dos combates durante as negociações e o retorno do sistema de distribuição de ajuda liderado pela ONU, segundo essas fontes.

Dos 251 reféns capturados por militantes palestinos durante o ataque do Hamas em outubro de 2023 — que desencadeou a guerra —, 49 ainda estão detidos em Gaza, incluindo 27 que, segundo o Exército israelense, estão mortos.

O ataque do Hamas em outubro de 2023 resultou na morte de 1.219 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

A ofensiva de retaliação de Israel já matou ao menos 57.523 pessoas em Gaza, também em sua maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas. A ONU considera os números confiáveis.

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