Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Os preços ao produtor da China caem 3,6% em junho, a maior queda em quase dois anos, com o agravamento da deflação
Publicado 09/07/2025 • 07:47 | Atualizado há 8 horas
ALERTA DE MERCADO
Linda Yaccarino deixa o cargo de CEO do X, de Elon Musk
O chatbot Grok AI de Elon Musk nega ter elogiado Hitler e feito comentários antissemitas
Trump diz que irá impor tarifas de 50% sobre cobre e 200% para produtos farmacêuticos
Starbucks China recebe propostas que avaliam a rede de cafés em até US$ 10 bi, dizem fontes
Ações da fabricante de Ray-Ban, EssilorLuxottica, saltam 6% com participação da Meta em IA
Publicado 09/07/2025 • 07:47 | Atualizado há 8 horas
KEY POINTS
A recuperação dos preços ao consumidor no mês passado foi ajudada por um esquema de troca de bens de consumo que oferece subsídios para eletrodomésticos, eletrônicos e veículos elétricos.
Unsplash
Os preços ao produtor da China caíram 3,6% em junho em relação ao ano anterior, marcando seu maior declínio em quase dois anos, à medida que uma guerra de preços cada vez mais intensa se alastrava pela economia, que já está lutando com a fraca demanda do consumidor.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,1% em junho em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Departamento Nacional de Estatísticas divulgados na quarta-feira (9), retornando ao crescimento após quatro meses consecutivos de queda.
Economistas previam uma leitura estável em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com uma pesquisa da Reuters.
O IPC básico, excluindo preços de alimentos e energia, subiu 0,7% em relação ao ano passado, o maior aumento em 14 meses, segundo o NBS.
A queda nos preços ao produtor, no entanto, foi pior do que os 3,2% esperados em uma pesquisa da Reuters e marcou sua maior queda desde julho de 2023, segundo dados do LSEG. O IPP está imerso em uma sequência deflacionária de vários anos desde setembro de 2022.
O índice CSI 300 da China continental subiu 0,19% após a divulgação.
“É muito cedo para dizer o fim da deflação neste estágio, [pois] o impulso no setor imobiliário continua enfraquecendo [e] a campanha ‘anti-involução’ ainda está em fase inicial”, disse Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management. Involução, conhecida coloquialmente como ”neijuan” na China, refere-se às guerras de preços que assolam alguns setores de consumo.
Na semana passada, os formuladores de políticas chinesas, em uma importante reunião de política econômica presidida pelo presidente Xi Jinping, criticaram a concorrência excessiva de preços por parte das empresas chinesas para atrair consumidores e eliminar o excesso de estoque, já que a investida tarifária dos EUA ameaça a viabilidade das vendas para o maior mercado consumidor do mundo.
Pequim prometeu endurecer as regulamentações contra cortes de preços tão agressivos, que não conseguiram influenciar o comportamento do consumidor, ao mesmo tempo, em que afetaram a lucratividade das empresas. Os lucros das empresas industriais caíram 9,1% em maio em relação ao ano anterior, marcando a maior queda desde outubro do ano passado.
“As empresas devem ser orientadas a melhorar a qualidade dos produtos e apoiar a eliminação gradual e ordenada da capacidade de produção obsoleta”, disse um jornal estatal chinês, citando a reunião.
A recuperação dos preços ao consumidor no mês passado foi ajudada por um esquema de troca de bens de consumo que oferece subsídios para eletrodomésticos, eletrônicos e veículos elétricos, disse Zichun Huang, economista especializado em China da Capital Economics.
Esse aumento, no entanto, provavelmente diminuirá no segundo semestre deste ano, observou Huang, afetando a inflação subjacente se o problema de excesso de oferta persistir.
“Com a oferta de bens continuando a superar a demanda, o excesso de capacidade persistente significa que as guerras de preços entre os fabricantes provavelmente continuarão”, acrescentou Huang.
“Sem um forte estímulo político, é difícil escapar da espiral deflacionária em curso”, disse Larry Hu, economista-chefe para China no Macquarie, acrescentando que o impulso das exportações da China nos últimos meses reduziu parcialmente o desejo de Pequim de estimular o consumo de qualquer maneira significativa.
“Os formuladores de políticas continuarão esperando até que as exportações caiam drasticamente”, acrescentou Hu.
O crescimento das exportações da China demonstrou alguma resiliência nos últimos meses, mesmo com as políticas tarifárias erráticas dos EUA interrompendo o comércio global. As exportações chinesas, em geral, aumentaram 4,8% em maio e 8,1% em abril, graças ao aumento nas remessas para os países do Sudeste Asiático, que compensou em grande parte a queda nas mercadorias com destino aos EUA.
—
📌ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
Lista das empresas mais sustentáveis do mundo tem cinco varejistas no top 100 e presença brasileira; veja os nomes
Emirates aposta em cripto e integrará novo sistema de pagamentos digitais em 2026
Nvidia alcança US$ 4 trilhões em valor de mercado e torna-se a empresa mais valiosa da história
Ataque hacker: BC bloqueia R$ 270 mi de fintech que foi comprada por ex-cozinheiro
Trump promete novas tarifas ao Brasil 'entre hoje ou amanhã'