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CNA se posiciona sobre tarifa anunciada por Trump ao Brasil; confira
Publicado 10/07/2025 • 13:03 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 10/07/2025 • 13:03 | Atualizado há 13 horas
KEY POINTS
Divulgação CNA.
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Em comunicado à imprensa nesta quinta-feira (10), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que acompanha com atenção a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas adicionais de 50% sobre todas as suas importações de produtos brasileiros.
“Esta medida unilateral não se justifica pelo histórico das relações comerciais entre os dois países, que sempre se desenvolveram em clima de cooperação e de equilíbrio, em estrita conformidade com os melhores princípios do livre comércio internacional”, disse a entidade.
Para a CNA, medidas desta natureza prejudicam as economias dos dois países, causando danos a empresas e consumidores.
“Qualquer análise das relações entre os Estados Unidos e o Brasil, seja no campo no comércio ou dos investimentos, terá sempre que concluir que essas relações sempre serviram aos interesses dos dois países, não havendo nelas qualquer desequilíbrio injusto ou indesejável”, segue a nota.
A confederação afirmou ainda que em 200 anos de relações, os Estados Unidos e o Brasil sempre estiveram do mesmo lado e não há qualquer razão para que essa situação se modifique.
“Os produtores rurais brasileiros consideram que essas questões só podem ser resolvidas em benefício comum por meio do diálogo incessante e sem condições entre os governos e seus setores privados. A economia e o comércio não podem ser injustamente afetados por questões de natureza política”.
“Nossa esperança é que os canais diplomáticos sejam intensamente acionados para que a razão e o pragmatismo se imponham para benefício de todos, pois este é o único caminho que serve ao entendimento e à prosperidade”, finaliza a CNA.
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Em nota à imprensa, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), também se manifestou.
Confira:
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) manifesta preocupação com o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre tarifas adicionais de 50% a produtos brasileiros. A medida, se implementada, pode ter efeitos profundos no campo e na mesa dos brasileiros.
Os EUA são um parceiro estratégico do Brasil, principalmente no setor agropecuário. Exportamos carnes, café, suco de laranja, etanol de milho e aeronaves da Embraer, que dependem de peças americanas. O aumento nas exportações de carnes influencia diretamente o consumo de soja e milho, já que a a engorda de aves e suplementação nutricional com rações , e o confinamento bovino e são cada vez mais utilizados no Brasil.
Importamos dos EUA combustíveis prontos, como óleo diesel, gasolina e nafta, essenciais para a produção agrícola e o transporte de alimentos, desde a lavoura até os centros de distribuição. Um encarecimento desses insumos elevará os custos de produção e poderá impactar os preços dos alimentos, agravando a inflação.
Também importamos máquinas agrícolas de alta tecnologia e componentes como chips, processadores e sistemas avançados, fundamentais para a competitividade do agro brasileiro. Barreiras comerciais podem dificultar esse acesso e travar a inovação no campo.
Com a inflação em alta, há risco de aumento da taxa básica de juros (Selic), encarecendo ainda mais o crédito rural, que já está entre os mais caros da história recente. Isso desestimula o produtor, que enfrenta margens negativas e uma das maiores crises do setor nos últimos 20 anos.
O agronegócio representa cerca de 25% do PIB e é o setor que mais cresce na geração de empregos no país. Prejudicá-lo é penalizar diretamente o interior do Brasil, que depende da força do campo para manter sua economia girando.
Além disso, Trump deixou claro que, se o Brasil retaliar com tarifas, o valor será somado aos 50% já impostos, aumentando o risco de retaliações ainda mais severas.
A Aprosoja Mato Grosso, como entidade político-classista, defende seus produtores e alerta que os efeitos dessa guerra comercial podem recair sobre toda a sociedade: com alimentos mais caros, transporte pressionado, inflação elevada e perda de competitividade do setor produtivo.
Conflitos que não são nossos não podem gerar prejuízo aos brasileiros. É hora de buscar, com urgência, o caminho do diálogo diplomático.
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