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Abiquim critica tarifa de Trump e pede preservação da relação comercial Brasil-EUA

Publicado 10/07/2025 • 16:23 | Atualizado há 11 horas

Raphael Panaro

KEY POINTS

  • A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) se manifestou com preocupação nesta quinta-feira (10) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras ao país.
  • Em nota oficial, a entidade defendeu o livre comércio, o respeito às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e apelou por diálogo técnico para evitar prejuízos econômicos bilaterais.
  • Um dos grandes receios do setor industrial brasileiro é o impacto direto na competitividade: entidades como CNI e Amcham alertam para risco de demissões em cerca de 10 mil empresas exportadoras e pedem rápida retomada das negociações.

Indústria química pode sofrer com tarifa de Trump

Foto: Jonathan Campos/AEN

A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) se manifestou com preocupação nesta quinta-feira (10) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras ao país.

Em nota oficial, a entidade defendeu o livre comércio, o respeito às normas da Organização Mundial do Comércio (OMC) e apelou por diálogo técnico para evitar prejuízos econômicos bilaterais.

“O setor químico brasileiro tem uma balança comercial deficitária com os EUA”, afirmou a Abiquim, ao destacar que, em 2024, o Brasil importou cerca de US$ 10,4 bilhões em produtos químicos dos EUA e exportou apenas US$ 2,4 bilhões, gerando um déficit de US$ 7,9 bilhões. Em volume, foram seis milhões de toneladas a mais em importações do que exportações.

Segundo a associação, a nova tarifa pode ter efeitos indiretos relevantes. Isso porque a indústria química é fornecedora estratégica de insumos para outros setores fortemente exportadores, como alimentos, papel e celulose.

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“Trata-se de tema de grande relevância para a indústria química, não apenas por suas exportações aos EUA, mas também porque o setor é um importante fornecedor de insumos para setores exportadores”, reforça o texto.

A entidade também criticou interferências políticas nas relações comerciais. “Entendemos que o diálogo técnico é o melhor caminho na solução dessa questão”, diz o comunicado. A Abiquim afirma que “ambos os lados estão sujeitos a perdas” e que, por isso, é preciso negociar para evitar prejuízos mútuos. “É momento de firmeza e ações refletidas, mas, sobretudo, de procurar canais de diálogo diplomático”, completa.

A associação ainda apelou pela preservação de uma relação histórica entre os dois países. “A longa tradição de relacionamento comercial estável e proveitoso entre Brasil e EUA deve ser preservada”.

Um dos grandes receios do setor industrial brasileiro é o impacto direto na competitividade: entidades como CNI e Amcham alertam para risco de demissões em cerca de 10 mil empresas exportadoras e pedem rápida retomada das negociações.

Setores como siderurgia, têxtil, calçados, carnes e café já manifestaram preocupação com a medida, que pode elevar os preços de produtos brasileiros no mercado norte-americano.

O presidente Lula reagiu ao anúncio sinalizando que o Brasil adotará medidas de retaliação com base na recém-promulgada Lei de Reposta Econômica, mantendo a soberania e independência institucional do país.

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