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“Queremos negociação urgente”, diz Alckmin sobre tarifa dos EUA
Publicado 16/07/2025 • 16:52 | Atualizado há 13 horas
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Publicado 16/07/2025 • 16:52 | Atualizado há 13 horas
KEY POINTS
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta quarta-feira (16), em Brasília, que o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial dos Estados Unidos sobre as tarifas aplicadas a produtos exportados pelo Brasil. Segundo Alckmin, a questão já foi formalmente tratada com autoridades norte-americanas, e o país permanece aberto ao diálogo com empresas e representantes do setor produtivo.
“Queremos negociação urgente”, disse o vice-presidente ao comentar a necessidade de resolver o impasse com os EUA sobre as tarifas. Ele destacou que o Brasil busca uma solução conjunta, com apoio de empresários e trabalhadores.
No dia 16 de maio, foi enviado um documento confidencial assinado por Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira, que, segundo o vice-presidente, ainda não teve resposta. O texto foi entregue ao secretário responsável nos Estados Unidos. A carta foi direcionada a Howard Lutnick e ao embaixador Grier.
Apesar da ausência de retorno oficial, Alckmin afirmou que houve diálogo técnico até o dia 4 de julho, inclusive em pleno feriado norte-americano. “Tanto receberam que no dia 4 de julho teve trabalho”, afirmou, acrescentando que foram feitas propostas adicionais além do conteúdo da carta. O Brasil, segundo ele, “não ficou esperando” e continuou em contato com os representantes dos EUA.
O vice-presidente comentou também a abertura de uma nova investigação comercial pelos Estados Unidos, com base na seção 301. “Não é a primeira vez que esse tipo de processo é iniciado, e o Brasil já respondeu a casos semelhantes no passado”, explicou Alckmin.
“A sessão 301 já foi usada antes. O Brasil respondeu e o assunto foi encerrado”, disse. Ele afirmou que o país pretende apresentar argumentos para demonstrar que os pontos levantados, como o desmatamento, não se sustentam. “O desmatamento está em queda. A meta é desmatamento ilegal zero.”
“A investigação não é problema, o problema é a tarifa”, acrescentou.
Alckmin citou medidas adotadas pelo Brasil, como o etanol com 30% de mistura e o biodiesel com 15%, ambos com previsão de entrada em vigor em agosto. Destacou também que 85% da matriz elétrica brasileira é renovável e que o país criou um mercado regulado de carbono.
Durante o pronunciamento, Alckmin ressaltou o papel das empresas no diálogo entre os dois países. Mencionou companhias norte-americanas como Amazon, Coca-Cola, General Motors, Johnson & Johnson e Caterpillar, com presença no Brasil e laços comerciais bilaterais.
Segundo ele, se o comércio entre os dois países for reduzido, haverá perdas dos dois lados. “Se cai o comércio, eles vão perder. Os poucos países que eles têm superávit importante incluem o Brasil”, afirmou.
O vice-presidente também disse que há preocupação entre empresas americanas e consumidores. “Vai encarecer o café, o suco de laranja, a carne, produtos que o Brasil vende para os Estados Unidos.”
O governo brasileiro mantém a expectativa de que uma solução possa ser alcançada nos próximos dias. “Se houver necessidade de prorrogar a negociação, não vejo problema. O importante é resolver”, concluiu.
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O presidente da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham), Abrão Neto, afirmou que o setor empresarial brasileiro tem uma posição unânime em favor de uma solução negociada entre Brasil e Estados Unidos, diante da possibilidade de aumento de tarifas sobre produtos brasileiros exportados ao mercado americano.
“O sentimento, acho que unânime, no setor empresarial aqui no Brasil é de se buscar a construção de uma solução negociada entre os dois governos”, disse Abrão Neto durante entrevista coletiva em Brasília, ao lado do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Segundo ele, o diálogo entre a Amcham e o governo brasileiro tem sido mantido de forma contínua. No encontro desta terça, representantes de empresas apresentaram avaliações concretas sobre os impactos que as medidas tarifárias podem gerar em suas operações.
De acordo com Abrão Neto, atualmente cerca de 10 mil empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos, gerando aproximadamente 3,2 milhões de empregos no Brasil. Ele destacou que essa é uma relação econômica relevante para os dois países e que eventuais tarifas podem ter efeitos negativos em ambas as economias.
“A discussão que nós temos buscado fazer tem sido dentro do âmbito econômico-comercial, onde há interesses importantes de ambos os lados e onde entendemos que há espaço para se encontrar uma convergência”, afirmou.
Abrão informou que um documento com as posições do setor empresarial foi entregue na manhã do mesmo dia às autoridades americanas. Além disso, mencionou a publicação, na véspera, de uma nota conjunta da Amcham e da US Chamber (a câmara americana de comércio), reforçando a visão do setor privado dos Estados Unidos sobre o impacto das tarifas e a necessidade de diálogo.
Questionado sobre possíveis preocupações com a segurança jurídica no Brasil, especialmente após declarações recentes do presidente Donald Trump, Abrão Neto disse que as empresas americanas atuam no marco econômico-comercial e que esse é o foco das conversas mantidas com a Amcham.
“Nós entendemos que essa situação deve ser resolvida economicamente, comercialmente. É nisso que estamos concentrando nossos esforços”, concluiu.
Em mais uma reunião do comitê criado para discutir ações contra as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos, o governo federal recebeu, na tarde desta quarta-feira, 16, representantes de 18 das maiores companhias que atuam no País. Acompanhados de líderes da Câmara Americana de Comércio para Brasil (AMCHAM), participaram da rodada de discussões empresas como a Coca-Cola, General Motors e Cargill.
O nomeado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi oficializado no decreto que regula a Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25). Como primeira missão, o grupo terá o objetivo de ouvir os setores empresariais para detectar as implicações do anúncio de tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.
Até aqui, a principal proposta do empresariado é de buscar pelo menos mais 90 dias de discussão e evitar retaliações o quanto for possível. Representantes do setor agropecuário pediram cautela ao Executivo nas negociações e que as tratativas sejam esgotadas até 31 de julho.
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