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BTC e Ouro: reserva, refúgio ou reflexo?

Publicado 16/07/2025 • 19:49 | Atualizado há 16 horas

Foto de Alberto Ajzental

Alberto Ajzental

Analista Econômico do Jornal Times Brasil e do Money Times, é Engenheiro Civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Administração de Empresas com ênfase em Economia pela FGV. Atuou como Professor de Economia e Estratégia de Negócios na EESP-FGV e atualmente coordena Curso Desenvolvimento de Negócios Imobiliários na EAESP-FGV. Trabalha há mais de 30 anos no mercado imobiliário de São Paulo, em incorporadoras e construtoras de alto padrão, assim como em fundo imobiliário. Atualmente é CEO de importante empresa patrimonialista imobiliária.

Nem ouro nem Bitcoin são perfeitos. Mas cumprem funções distintas — e revelam muito sobre o tempo em que vivemos. O ouro carrega cinco milênios de confiança, o BTC apenas 15 anos de especulação. Um é tangível, silencioso, impassível. O outro, digital, ruidoso, promissor. A escolha entre os dois expõe a preferência de cada investidor: estabilidade ou autonomia, tradição ou ruptura.

Ouro: o velho confiável


Reserva de valor clássica, o ouro protege contra inflação, colapsos cambiais e crises de confiança. É aceito no mundo inteiro, tem oferta limitada e volatilidade baixa. Não rende juros, mas também não depende de senha, energia elétrica ou blockchain. Funciona em silêncio, como um cofre enterrado — imune a modismos e rugidos do mercado.

Bitcoin: jovem, instável e barulhento


Criação recente, o BTC ainda busca aceitação institucional. É amado por tecnófilos e investidores em países com moedas frágeis. Sua oferta é limitada, mas seus riscos são amplos: regulação incerta, fraudes, volatilidade extrema. A promessa de "ouro digital" esbarra em crises cíclicas. Por ora, é mais uma aposta no futuro do que uma âncora para o presente.

Entre janeiro de 2024 e julho de 2025, o BTC subiu 162%, o ouro, 61%. Mas os caminhos foram opostos. O ouro avançou como uma locomotiva estável, ignorando os ruídos da estação. O BTC subiu e despencou — como se testasse a própria gravidade. E depois, voltou a subir.

BTC e Ouro: 02/01/2024 a 15/07/2025

Reserva ou risco?


Entre 4 de novembro e 17 de dezembro de 2024, o BTC disparou 58% — justo quando o ouro recuava 3,5%. Nos quatro meses seguintes, os papéis se inverteram: BTC caiu 28%, ouro subiu quase 13%. Esses movimentos não são ruídos: são sinal. Revelam a verdadeira natureza de cada ativo.

• O BTC se comporta como um ativo de risco, próximo de ações de tecnologia.
• O ouro reafirma sua função anticíclica, sendo buscado em tempos de turbulência.
• A correlação entre os dois é instável — e por vezes negativa — o que sugere complementaridade, não substituição.

Teremos um novo rali?
Entre 23 de junho e 15 de julho de 2025, o BTC subiu mais 15% — e o debate ressurgiu: novo ciclo de alta ou só mais um soluço especulativo?

Crypto Week

Para a Casa Branca, a semana cripto marca a aliança estratégica de longo prazo do governo com a comunidade crypto que inclusive ajudou vários republicanos a obter reeleição em novembro passado.

Para os empresários a política pode inaugurar a plena integração das criptomoedas na economia americana. As empresas estão cada vez mais mantendo criptomoedas em seus cofres corporativos, e grandes varejistas agora estão discutindo a emissão de suas próprias stablecoins internas.

1. The CLARITY Act
Propõe um marco regulatório para criptoativos, definindo-os como commodities digitais e colocando a CFTC como reguladora principal, com algum papel residual da SEC. As corretoras cripto teriam que se registrar na CFTC. É criticado por enfraquecer a fiscalização e favorecer o setor.

A CFTC (Commodity Futures Trading Commission) é a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities dos Estados Unidos. a CFTC é a “fiscalizadora” dos mercados futuros e, com a expansão das criptomoedas, passou a disputar com a SEC (que regula valores mobiliários) o controle sobre partes do mercado cripto.

2. The GENIUS Act
Cria regras específicas para stablecoins, exigindo que apenas emissores autorizados possam emiti-las, com reservas equivalentes em dólar e divulgação mensal dos dados. Aprovado no Senado por ampla maioria, busca proteger consumidores e manter a hegemonia do dólar.

3. The Anti-CBDC Surveillance State Act
(CBDC) central bank digital currency

Proíbe o Federal Reserve de emitir uma moeda digital própria ou oferecer contas digitais ao público. A medida visa manter o domínio privado no setor cripto e impedir uma moeda digital estatal. Recebeu menos atenção política, mas também será votada nesta semana.


Conclusão


Se você busca proteção de longo prazo, o ouro continua imbatível. Se tolera risco elevado em troca de liberdade digital e descentralização, experimente o BTC — como complemento, nunca como substituto. Como dizem os céticos: o Bitcoin ainda é jovem demais para confiar e velho demais para ignorar.

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