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Dólar fecha em baixa de 0,26%, a R$ 5,54, com ajustes e alta do petróleo
Publicado 17/07/2025 • 19:03 | Atualizado há 14 horas
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Publicado 17/07/2025 • 19:03 | Atualizado há 14 horas
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Após instabilidade e troca de sinais, o dólar se firmou em baixa nas duas últimas horas de negócios e encerrou a sessão desta quinta-feira (17), cotado a R$ 5,5472, em queda de 0,26%. Pela manhã, a divisa chegou a superar R$ 5,60, acompanhando o fortalecimento da moeda americana no exterior.
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Operadores afirmam que faltam gatilhos para movimentos mais expressivos da taxa de câmbio, depois de o dólar subir do piso de R$ 5,40 no início do mês para a casa de R$ 5,55 – alta de mais de 2%. Nas últimas semanas, investidores aproveitaram o aumento das tensões comerciais com o tarifaço de Trump para realizar lucros e recompor parcialmente posições defensivas.
As mínimas da moeda ao longo da tarde foram atribuídas a ajustes em ambiente de liquidez reduzida. A aceleração dos ganhos do petróleo e a melhora do apetite ao risco, com máximas das bolsas em Nova York e a virada do Ibovespa para o campo positivo, podem ter ajudado o real. Principal referência da busca por negócios, o contrato futuro de dólar para agosto apresentou volume financeiro fraco, abaixo de US$ 10 bilhões.
A decisão de ontem à noite do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de restabelecer o decreto do governo que eleva as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), à exceção do risco sacado, não teve impacto relevante nos negócios.
Para o economista-chefe do Integral Group, Daniel Miraglia, o nível atual da taxa de câmbio reflete a perspectiva de que pode haver algum recuo de Trump no tarifaço e que, mesmo se for efetivada a tarifa de 50% a produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, os impactos econômicos serão limitados.
“Depois da correção nas últimas semanas, o dólar parece mais comportado porque não se vê uma piora grande da economia com as tarifas. A atratividade do carry trade continua contando bastante para manter o real nos níveis atuais”, diz Miraglia.
Investidores também monitoraram declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo da tarde. Em entrevista à CNN Internacional, ele afirmou que “no momento certo” dará a “resposta certa” a Trump. Já em evento em Goiânia (GO), o presidente disse que o governo vai cobrar imposto de empresas digitais americanas, mas não detalhou a medida. Lula fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão hoje, às 20h30.
Miraglia, do Integral Group, avalia que pode haver um aumento das tensões com os Estados Unidos caso Lula suba o tom das críticas a Trump. O economista lembra que o presidente dos EUA sinalizou, em carta enviada ao Brasil, que está preocupado com cerceamento de liberdade de expressão de cidadãos americanos e o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, temas que não estão na esfera comercial
“Dependendo do comportamento das instituições brasileiras, é possível que Trump adote sanções mais pesadas em relação ao Brasil, inclusive mirando indivíduos. Esse risco, na minha visão está mal precificado na taxa de câmbio”, afirma Miraglia.
Termômetro do comportamento do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, o índice DXY (Dollar Index) operou em alta ao longo da sessão e, no fim da tarde, avançava cerca de 0,20%, na casa dos 98,600 pontos, após máxima de 98,950 pontos. As vendas no varejo nos EUA subiram 0,6% em junho ante maio, acima da expectativa dos analistas. Economistas ponderam, contudo, que a abertura dos dados sugere perda de fôlego do consumo.
À tarde, a presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, classificou o cenário de dois cortes nas taxas de juros neste ano como “uma perspectiva razoável”. Já o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que cortes de juros podem ser “difíceis no curto prazo”, em razão das incertezas provocadas pelas tarifas de Trump.
Ferramenta de monitoramento do CME Group mostra que as chances de um corte de juros pelo Fed em setembro seguem majoritárias, mas recuaram do nível de 65% há uma semana para pouco mais de 52% nesta quinta-feira.
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