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Eleições no Japão podem afetar títulos soberanos e iene; premiê pede negociações com os EUA
Publicado 19/07/2025 • 17:49 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 19/07/2025 • 17:49 | Atualizado há 5 meses
O primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba (centro-direita) aperta a mão do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent (centro-esquerda), antes do encontro no gabinete do primeiro-ministro em Tóquio, em 18 de julho de 2025.
Shuji Kajiyama/AFP
O emprego do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, e negociações comerciais vitais com os EUA estão em jogo nas eleições nacionais que ocorrem neste domingo.
O Partido Liberal Democrata, de Ishiba, perdeu a maioria na Câmara Baixa do Parlamento em novembro. Pesquisas recentes indicam o mesmo resultado na Câmara Alta em 20 de julho, o que significaria a saída do impopular premiê.
Turbulências políticas não seriam oportunas para o Japão, que enfrenta o prazo de 1º de agosto do presidente Donald Trump para mitigar as ameaças de tarifas de 25% em cerca de US$ 150 bilhões em exportações anuais para os EUA.
Os resultados das eleições também podem abalar os mercados de títulos e o iene. Ishiba é visto como um defensor da austeridade fiscal, tentando domar a dívida do governo japonês, que permanece acima de 200% do Produto Interno Bruto, apesar de alguma redução após a pandemia de Covid-19.
Um sucessor de Ishiba poderia abrir as torneiras dos gastos fiscais, chamando a atenção dos chamados “vigilantes de títulos”.
Os rendimentos dos títulos japoneses de 10 anos aumentaram 50% desde o início do ano e subiram 17 pontos-base desde 1º de julho, o que correspondeu ao maior aumento desde 2008.
Os rendimentos dos títulos japoneses de 30 anos atingiram máximas na semana passada, e os de 20 anos estão nas máximas desde 1999.
Do ponto de vista mais amplo, os eleitores estão reagindo à aguardada saída do Japão da deflação, o que pode ser menos popular internamente do que nos mercados financeiros.
A inflação ao consumidor está acima de 3% anualmente, afetando o poder de compra das pensões da população mais velha do mundo.
O aumento do custo de vida é uma das principais reclamações entre os eleitores japoneses, juntamente com escândalos de corrupção que mancharam o Partido Liberal Democrata, dominante há muito tempo, no ano passado.
A vitória de Ishiba poderia dar a ele mais liberdade para fazer o tipo de concessões que Trump parece buscar, particularmente afrouxando as restrições de importação japonesas sobre os automóveis dos EUA e abrindo o mercado doméstico de arroz.
As tarifas dos EUA poderiam causar perdas significativas nas indústrias exportadoras do Japão, especialmente para montadoras de automóveis como a Toyota Motor e a Honda Motor, mesmo enquanto Trump pede um aumento nos gastos com defesa.
Se Ishiba perder sua maioria, nenhum partido de oposição parece forte o suficiente para assumir o comando. As águas do Japão poderiam se tornar incertas em um momento crítico.
Segundo a agência de notícias japnesa NHK, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, se reuniu com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, na sexta-feira (18) em Tóquio, que pediu a continuidade das negociações tarifárias para que ambos os países cheguem a um acordo.
No último dia 7, Trump anunciou a imposição de uma tarifa de 25% sobre “quaisquer produtos” do Japão e da Coreia do Sul enviados ao país, a partir de 1º de agosto.
Bessent está em visita ao Japão para participar da Exposição Mundial de 2025 em Osaka. Ele foi recebido por Ishiba no gabinete do primeiro-ministro japonês. A reunião durou cerca de 30 minutos.
Principal negociador das tarifas com os Estados Unidos, o ministro da Revitalização Econômica do Japão, Akazawa Ryosei, também participou da reunião. Ele e Bessent posaram para fotos em frente ao pavilhão americano na Exposição Mundial em Osaka.
Após a reunião, Shigeru Ishiba disse aos repórteres que solicitou a Bessent a continuidade das negociações com Ryosei para um acordo que seja benéfico para as duas nações.
O primeiro-ministro japonês demonstrou otimismo em relação à possibilidade de conversar diretamente com Donald Trump sobre o assunto.
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