CNBC

CNBCConcorrente da Wikipedia movido por IA de Elon Musk entra no ar após lançamento turbulento

Notícias do Brasil

Alckmin convoca reunião com ministros para discutir crise de segurança no Rio

Publicado 28/10/2025 • 18:40 | Atualizado há 2 horas

KEY POINTS

  • O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião de emergência nesta terça-feira (28) com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) para tratar da crise de segurança no Rio de Janeiro, após a megaoperação policial que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.
  • Cenário de guerra paralisa a economia da cidade. Comerciantes relatam que o medo impede o funcionamento normal das atividades, e a maioria ainda não calculou o tamanho do prejuízo.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, convocou uma reunião de emergência nesta terça-feira (28) com os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) para tratar da crise de segurança no Rio de Janeiro, após a megaoperação policial que deixou 64 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

Além das vidas perdidas, o cenário de guerra paralisa a economia da cidade. Ruas estão desertas em vários bairros, com lojas de portas fechadas e um clima de insegurança que se espalha até mesmo por regiões distantes do conflito. Comerciantes relatam que o medo impede o funcionamento normal das atividades, e a maioria ainda não calculou o tamanho do prejuízo.

No turismo, setor vital para a economia carioca, as imagens dos confrontos circulam pelo mundo, gerando uma sensação de medo que pode afastar visitantes e afetar hotéis, restaurantes e serviços. Há dois anos, um estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC) já apontava que a violência urbana no Rio de Janeiro gera um prejuízo anual de R$ 11 bilhões para a economia da cidade.

Leia mais:
Lewandowski rebate governador do Rio: deve ‘assumir responsabilidades’ ou pedir intervenção
Megaoperação contra o Comando Vermelho é a mais letal da história do Rio

Egberto Ras/Enquadrar/Estadão Conteúdo
Policiais correm com homem preso durante megaoperação no Rio.

Crise política

Segundo fontes do Planalto, a reunião convocada por Alckmin teve como objetivo alinhar informações e definir a postura do Executivo diante das declarações do governador Cláudio Castro, que afirmou que o Estado estaria “sozinho na guerra contra o crime” e acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter uma “política de não ceder ajuda”.

O ministro da Justiça, Ricardo Lewanowski, rebatou o governador: “Ele tenta jogar a culpa nos outros, mas nunca fez qualquer pedido nesse sentido. Para isso, o governo do Rio teria que declarar formalmente que suas forças locais não têm condições de enfrentar o crime”, afirmou. “Se ele sentir que não tem condições, ele tem que jogar a toalha e pedir GLO (Garantia da Lei e da Ordem) ou intervenção federal”, disse o ministro.

Após a reação em Brasília, Castro ligou para a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para se retratar, alegando que não teve intenção de responsabilizar o governo federal e que apenas respondeu a uma pergunta de um jornalista sobre o episódio.

Durante a conversa, Gleisi questionou o governador sobre os supostos pedidos de auxílio. Castro reconheceu que não solicitou a edição de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) — o instrumento legal que autoriza o uso das Forças Armadas em apoio à segurança pública.

A operação mais letal da história do Rio

A ação, deflagrada por forças de segurança estaduais, mobilizou 2,5 mil agentes para prender lideranças criminosas e impedir a expansão territorial do Comando Vermelho. Segundo o Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da UFF (Geni/UFF), a ofensiva já é a mais letal da história do Estado, com 64 mortos — entre policiais e criminosos —, número mais que o dobro do registrado no Jacarezinho em 2021.

Operações mais letais no Rio de Janeiro:

  • Complexos do Alemão e da Penha (2025): 64 mortos
  • Jacarezinho (2021): 28 mortos
  • Penha (2022): 23 mortos
  • Complexo do Alemão (2007): 19 mortos
  • Complexo do Alemão (2022): 17 mortos

O relatório “Chacinas Policiais”, do Geni/UFF, mostra que, entre 2007 e 2021, ocorreram 17.929 operações policiais em favelas da Região Metropolitana, das quais 593 resultaram em chacinas, com 2.374 mortos — cerca de 41% dos óbitos em ações do período.

Colapso urbano e impacto na cidade

Durante a operação, 48 escolas suspenderam as aulas e o Centro de Operações e Resiliência (COR-Rio) colocou a cidade em Estágio 2, citando motivos de segurança pública e impacto na mobilidade.
Mais de 120 linhas de ônibus tiveram trajetos alterados, e houve bloqueios na Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasil.

Entre os mortos está o policial Marcos Vinicius Cardoso Carvalho, da 53ª DP (Mesquita). O governador informou que há também policiais feridos, sem detalhar números.

A escalada de violência e a troca de acusações entre os governos exacerbaram a crise política. Em Brasília, Alckmin tenta conduzir o tema com moderação institucional, enquanto o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, reforça que a responsabilidade constitucional pela segurança é dos Estados — e que o combate ao crime organizado deve ser feito com inteligência, planejamento e integração, não apenas com força bruta.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Notícias do Brasil

;