A imposição de tarifas de 50% pelos Estados Unidos sobre exportações brasileiras gerou reação do Congresso Nacional nesta quinta-feira (10). Em nota conjunta, os presidentes do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, defenderam uma resposta baseada no diálogo diplomático e nas relações comerciais.
Os líderes destacaram que o Parlamento acompanhará de perto os desdobramentos e mencionaram a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada anteriormente pelo Congresso como instrumento de proteção à soberania nacional.
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Segundo a nota, o Legislativo está preparado para atuar com “equilíbrio e firmeza” na defesa da economia, do setor produtivo e dos empregos no Brasil. A sinalização é de que o Congresso buscará soluções conjuntas com o Executivo para enfrentar o impacto da medida adotada pelo governo norte-americano. A legislação citada na manifestação permite que o Brasil adote medidas equivalentes sempre que houver ações consideradas prejudiciais por parte de parceiros comerciais.
PT mira cassação de Eduardo Bolsonaro; oposição culpa STF e Lula por tarifa de Trump
A sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros, imposta pelo governo Donald Trump, virou combustível para a disputa política entre governistas e oposicionistas. De um lado, petistas responsabilizam o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pela medida. Do outro, a oposição atribui a responsabilidade ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), afirmou que o partido estuda pedir a cassação de Eduardo, que está nos Estados Unidos, onde atua em articulações com republicanos. Ele também responsabilizou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), que publicou fotos com boné dos EUA nas redes sociais.
A ala bolsonarista, por sua vez, celebrou a decisão de Trump em plenário e disse que a medida é resposta à perseguição política e judicial contra Bolsonaro. Eduardo Bolsonaro publicou nota atribuindo a tarifa a ações do STF e à política externa do governo Lula, classificando-a como “tarifa Moraes”.
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