B20, grupo de líderes empresariais ligados ao G20, apresenta o Legado Brasil
Publicado 05/12/2024 • 19:41 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 05/12/2024 • 19:41 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Representantes do B20, o grupo de engajamento do setor privado ligado ao G20, apresentaram uma lista de 10 sugestões, chamada de Legado Brasil, para o país seguir nos próximos anos.
Durante a presidência do Brasil do G20, o grupo dos países mais ricos do mundo, houve uma série de reuniões paralelas de representantes de diversos setores da sociedade. Um desses setores foi o de empresas. Esse grupo é chamado de B20, e alguns de seus representantes se reuniram em São Paulo nesta quinta-feira (5) para falar sobre o Legado Brasil.
Em 18 de novembro, quando aconteceu a reunião dos líderes dos países que formam o G20, o Brasil passou a presidência para a África do Sul.
Os líderes empresariais que se reuniram para o B20 decidiram seguir trabalhando para deixar um documento com recomendações específicas para o Brasil –é uma agenda brasileira, que foi batizada de Legado Brasil.
“Queríamos dez pontos nessa agenda. A ideia é levar adiante isso para diversas entidades que tenham interesse nesses pontos específicos”, afirmou Dan Ioschpe, Chair B20 Brasil.
Ricardo Alban, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que a inovação do B20 deste ano foi criar esse legado “para que o setor empresarial pudesse continuar a contribuir para as recomendações, efetivação, acompanhamento de ações destinadas a aproveitar esse grande momento que o Brasil está vivendo”. A ideia, segundo ele, é manter o trabalho do B20.
Gilberto Tomazoni, CEO da JBS, participou do encontro em São Paulo e falou que um dos temas que foram discutidos é a união de diferentes esferas da sociedade em torno de objetivos comuns –ele citou que a própria JBS tem um programa para ensinar os produtores rurais a adotarem práticas sustentáveis para emitir menos gases do efeito estufa, e que tanto o governo como entidades do terceiro setor têm programas parecidos. “Temos que juntar essas iniciativas e criar um pacto global, nacional para acelerar essas iniciativas e fazer com que elas tenham mais rapidez e permitam que a gente possa produzir alimentos mais baratos”, afirmou ele.
• Biocombustíveis: implementar mandatos de misturas e regulamentar investimento.
• Descarbonização de cadeias industriais: Padronizar métodos de contabilidade de emissões e criar mecanismos financeiros, como blended finance, para projetos de eficiência energética.
• Promoção da economia circular em indústrias-chave para a descarbonização: Promover a economia circular e o uso eficiente de recursos globais
• Mercado brasileiro de carbono: Criar um mercado de carbono com padrões globais para monitoramento e verificação, explorando um potencial de R$ 150 bilhões em movimentações até 2030.
• Agricultura sustentável: Expandir financiamentos inovadores e assistência técnica.
• Planejamento de infraestrutura de resiliência: Aponta a necessidade de simplificar processos e priorizar ações de prevenção de desastres.
• Mitigação de medidas restritivas contra exportações brasileiras: Defende a reforma da OMC e novos acordos comerciais para combater restrições, aproveitando oportunidades em cadeias globais de valor.
• Igualdade de gênero: Propõe monitorar indicadores, ampliar licenças parentais e criar estratégias específicas para setores econômicos.
• Promoção de data centers e IA: Incentiva investimentos em data centers e regulamentação sustentável de IA.
• Treinamento profissional em competências digitais: Recomenda melhorar a educação técnica e tecnológica.