Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Brasil convoca cúpula online do Brics para discutir tarifas dos EUA
Publicado 02/09/2025 • 13:26 | Atualizado há 7 horas
Os 10 principais empregos que oferecem trabalho remoto de meio período
Vendas de veículos elétricos chineses crescem em agosto, impulsionadas por modelos mais baratos
Plano ‘Riviera de Gaza’ de Trump prevê ‘realocação voluntária’ de milhões de pessoas
Crypto.com e Underdog firmam parceria para ampliar mercados de previsão esportiva nos EUA
Após sucessivas perdas, Kraft Heinz anuncia divisão em duas empresas
Publicado 02/09/2025 • 13:26 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Ricardo Stuckert / PR
Reunião do Brics discutirá efeitos das tarifas dos EUA sobre exportações do bloco.
O Brasil convocou para a próxima segunda-feira (8) uma reunião virtual com os líderes do Brics. A iniciativa, liderada pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, visa discutir as tarifas impostas pelos Estados Unidos contra produtos internacionais. No caso das exportações da Índia e do Brasil, por exemplo, a taxação é de 50%.
Embora a pauta oficial não cite diretamente o tema das tarifas, membros do governo brasileiro avaliam que o impacto da medida de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, deverá ser discutido, especialmente diante do cenário de crise do multilateralismo, dos conflitos em curso na Ucrânia e na Faixa de Gaza e das expectativas em torno da COP30. Há possibilidade de alguns chefes de Estado serem representados por chanceleres devido a conflitos de agenda.
Leia mais:
Senado discute nesta terça-feira plano de ação contra tarifaço dos EUA
Durante a última cúpula do Brics, realizada em julho, o grupo preferiu não transmitir os discursos dos líderes e adotou um comunicado que evitou citar explicitamente Estados Unidos ou Trump, referindo-se às medidas como “ações restritivas” ao comércio. Na ocasião, os líderes dos 11 países alertaram que o “aumento indiscriminado de tarifas” poderia prejudicar o comércio global, interromper cadeias de suprimentos e gerar incertezas econômicas. Eles também defenderam a Organização Mundial do Comércio como base de um sistema comercial internacional justo e incentivaram a ampliação das trocas dentro do bloco.
“Expressamos sérias preocupações com o aumento de medidas tarifárias e não tarifárias unilaterais que distorcem o comércio e são inconsistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirmaram os líderes do Brics em comunicado.
O bloco enfrenta desafios para alinhar posições, já que alguns integrantes mantêm relações próximas com Washington e estão em estágios distintos de negociação comercial. Desde julho, o aumento tarifário atingiu Brasil e Índia com a alíquota máxima de 50%. Outros países, como Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Egito, Irã e Rússia, foram taxados em 10%, enquanto a Indonésia negociou uma tarifa de 19% com os EUA.
A China, que inicialmente foi o principal alvo das tarifas, conseguiu reduzir o percentual para 30% e está em negociação com os estadunidenses, tendo prazos para exceções prorrogados até novembro. Já a África do Sul enfrentou tensões políticas e também recebeu tarifa de 30%. O governo brasileiro avalia ser pouco provável que o Brics adote uma posição mais dura diante da necessidade de consenso para decisões no grupo.
Para o governo brasileiro, a decisão de Trump de aplicar tarifas de modo individualizado dificulta uma resposta unificada em fóruns multilaterais. A expectativa é que o encontro virtual do dia 8 resulte apenas em nova manifestação de apoio ao multilateralismo, sem avanços concretos contra os EUA.
O Brics ampliou sua legitimidade política com a inclusão de novos membros, inclusive aliados de Trump, e agora precisa administrar essas diferenças internas, segundo avaliação de um embaixador brasileiro. Recentemente, Xi Jinping, presidente da China, Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia, e Vladimir Putin, presidente da Rússia, estiveram reunidos em Tianjin para uma cúpula da Organização para a Cooperação de Xangai, ocasião em que o líder chinês se posicionou como alternativa de liderança global estável.
Além disso, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, está na China a convite do governo local para participar de eventos que marcam os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial ao longo desta semana.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Cade dá sinal verde à compra da Suvinil pela Sherwin-Williams por US$ 1,15 bi
Governo aplica direito antidumping à importação de fibra de poliéster de quatro países asiáticos
Ataque hacker à Sinqia desviou R$ 710 milhões em transações de Pix
Os 10 principais empregos que oferecem trabalho remoto de meio período
Em meio a temores sobre reações de Trump a julgamento, Gonet diz que ” STF será imparcial e vai ignorar pressões”