‘Brasil precisa de capacidade de oferta, não de restrições’, diz especialista sobre crise nos portos
Publicado 23/05/2025 • 13:49 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 23/05/2025 • 13:49 | Atualizado há 6 horas
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O Brasil deixou de embarcar 737 mil sacas de café, gerando um prejuízo milionário às exportadoras brasileiras, no total de US$ 6,657 milhões.
Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta sexta-feira (23), o diretor técnico do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Eduardo Heron, afirmou que o país enfrenta desafios logísticos sérios nos portos, especialmente em um período atípico de entressafra.
Segundo ele, os problemas portuários não são recentes.
“Estamos vendo desafios desde o ano passado, quando o Brasil deixou de exportar 1,8 milhão de sacas. Mapeamos que isso decorre de atrasos de navios e da rolagem de cargas, por conta da defasagem da estrutura portuária do Brasil”, explicou Heron.
Ele detalhou que as embarcações acabam permanecendo por mais tempo nos portos à espera de atracação, provocando um efeito em cadeia.
Leia mais: Safra de café do Brasil em 2025 é estimada em 55 milhões de sacas, aponta IBGE
“Os pátios dos terminais portuários permanecem cheios e, consequentemente, ficam impedidos de receber cargas de exportação. Isso é muito preocupante, porque estamos em plena entressafra e, teoricamente, não deveríamos ter esse tipo de problema logístico. Mesmo assim, infelizmente, deixamos de exportar 737 mil sacas.”
Heron também avaliou os investimentos do governo federal em infraestrutura portuária. Segundo ele, os aportes realizados não acompanharam o crescimento do agronegócio.
“O café cresceu, o algodão cresceu, a celulose cresceu, o açúcar cresceu. Todas são cargas que usam contêineres, cujo uso teve um crescimento de 20% no ano passado, revelando a falta de infraestrutura.”
Apesar de considerar os anúncios recentes do governo positivos e “um alento”, o diretor do Cecafé demonstrou preocupação com a morosidade nos processos. Ele destacou o leilão da TCON10, em Santos, como medida estratégica urgente para aliviar o fluxo de cargas acumuladas nos portos.
“O que nos preocupa agora são as narrativas que surgem no debate público e que acabam prejudicando o comércio exterior brasileiro. Discutir restrição à participação de armadores no leilão não faz o menor sentido. Hoje, o que a carga brasileira precisa é de capacidade de oferta — não de limitações”, afirmou.
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