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Como bolsa, dólar e juros devem reagir à reunião de Lula e Trump
Publicado 26/10/2025 • 12:55 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 26/10/2025 • 12:55 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Agentes do mercado financeiro viram a reunião entre Lula e Trump como positiva e um importante passo para reduzir as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. As perspectivas para os ativos brasileiros são favoráveis.
No caso da bolsa, por exemplo, pode haver ganhos em setores específicos após a sinalização de acordos entre as partes, ainda que eles não sejam apresentados neste domingo (26), quando as reuniões entre as equipes técnicas devem se prolongar.
“A sinalização de diálogo construtivo, com foco na suspensão temporária das tarifas e na retomada de um canal técnico permanente, tende a melhorar o humor do mercado, especialmente nos setores mais afetados pelo tarifaço — como aço, alumínio e carne. Além disso, a busca por um reequilíbrio da balança comercial e o reposicionamento diplomático do Brasil como mediador regional fortalecem a percepção de estabilidade e previsibilidade, fatores essenciais para atrair capital estrangeiro”, afirma David Martins, sócio-diretor da Brazil Wealth.
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A “excelente notícia” do aprofundamento do diálogo está relacionada ao fato de que a “racionalidade está vencendo”. Essa é a percepção de Andrea Damico, economista-chefe da Buysidebrazil.
Ela destacou a perspectiva de encontro entre a delegação brasileira — incluindo o chanceler Mauro Vieira — e a equipe técnica americana, em especial Marco Rubio e Scott Bessent. “Estamos num caminho bom”, arremata, embora reconheça que o caminho para uma derrubada de tarifas ainda não esteja totalmente claro.
David Martins, da Brazil Wealth, acrescenta que o movimento é bem-vindo num momento em que o investidor global busca oportunidades em mercados emergentes com fundamentos sólidos e potencial de valorização. “Caso os desdobramentos avancem positivamente, podemos ver uma reação otimista na Bolsa brasileira e um alívio no câmbio já nas próximas semanas.”
Ainda assim, a perspectiva positiva permanece no campo das suposições, considerando que as equipes de EUA e Brasil ainda vão debater o que pode ser feito — e nada foi decidido até o momento.
“Para os mercados, trata-se de uma oportunidade, não de uma solução automática. A materialização de benefícios dependerá de negociações técnicas bem estruturadas e, sobretudo, da capacidade do Brasil de transformar essa janela diplomática em sinais concretos de previsibilidade econômica”, afirmou Ricardo Trevisan Gallo, CEO da Gravus Capital.
Para Gallo, a expectativa razoável seria de uma apreciação do real no braço inicial de alívio — tipicamente entre 1% e 3% em reações intradiárias ao longo da semana, se a agenda avançar de forma crível — “revertendo parte da pressão que tarifas elevadas impuseram às exportações e às empresas com passivos em moeda local”, avalia.
O Copom, porém, só deverá iniciar um ciclo de afrouxamento monetário com dados domésticos de inflação e atividade coerentes. “Portanto, qualquer sinal de alívio externo aumenta a probabilidade de cortes de juros apenas em horizonte plurimestral — possível início do afrouxamento no primeiro trimestre de 2026, dependendo da inflação”, diz o CEO da Gravus.
Assim, se as negociações avançarem, pode haver queda de yields curtos e médios já nos próximos dias. “Dez a 40 pontos-base nos vencimentos líquidos de curto prazo seria plausível num primeiro momento”, arremata.
Na prática, a negociação deverá seguir três frentes operacionais, segundo Gallo.
A primeira diz respeito a rodadas técnicas imediatas entre ministérios do comércio, juristas e equipes econômicas para mapear produtos afetados e acordar moratórias temporárias.
Depois, os carve-outs setoriais, ou seja, listas de exceção e quotas tarifárias para atenuar o impacto em setores sensíveis enquanto se discute uma solução abrangente.
Por fim, a condicionalidade e o faseamento, em que reduções parciais das tarifas podem estar amarradas a garantias de comportamento regulatório, cooperação em cadeias de fornecimento ou cronogramas de retirada escalonada, com a OMC e recursos formais preservados como último recurso.
Jason Vieira, economista-chefe da Lev Asset, se mostrou mais cético. Ele avalia que “não teve nada muito profundo” e que indicasse alguma conclusão sobre as questões econômicas entre EUA e Brasil. Também demonstrou desconfiança com a ausência de uma data para apresentação de soluções.
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