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Capital Político Eduardo Gayer

COP30: Lula busca superar “contradição” com fundo do petróleo para bancar transição energética

Publicado 07/11/2025 • 18:30 | Atualizado há 4 minutos

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Eduardo Gayer

Eduardo Gayer é analista de Política e Economia do Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC. Formado em Jornalismo pela PUC-SP e em História pela USP, tem extensão em jornalismo econômico pela FGV-SP. Antes de ingressar na TV, foi subeditor da Coluna do Estadão e repórter no Broadcast, acompanhando política e mercado financeiro. Cobriu in loco a guerra na Ucrânia e os mais importantes fóruns multilaterais no exterior dos últimos anos, como G-7, G-20, CELAC e Mercosul.

O anúncio de um fundo com lucros da exploração de petróleo para bancar a transição energética, feito nesta sexta-feira (07) pelo presidente Lula, durante a Cúpula de Líderes em Belém (PA), trata-se de um movimento tático do governo brasileiro.

Com as negociações climáticas em andamento, o presidente quer afastar críticas de ambientalistas, após o Ibama ter autorizado a Petrobras a buscar petróleo na Margem Equatorial às vésperas da COP30. Para os críticos, Lula chegou à conferência ambiental sob uma "contradição".

O presidente da França, Emmanuel Macron, por exemplo, afirmou em entrevista que os estudos da Petrobras a 500 km da Foz do Amazonas "não são um bom projeto para o clima".

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Nos cálculos do governo, a criação do fundo da transição energética seria uma forma de superar essa polêmica. Afinal, sinalizaria de maneira contundente que o Brasil quer, de fato, usar o dinheiro do petróleo para financiar novas formas de energia.

Embora a promessa não seja nova, sem um fundo definido, o compromisso seria difícil de cumprir. Isso porque a receita do petróleo pode custear qualquer gasto corrente, como já acontece atualmente.

Apesar do anúncio público, a criação do fundo é algo ainda muito preliminar. Não há projeto finalizado nesse sentido dentro do Ministério de Minas e Energia, por exemplo. Auxiliares de Lula minimizam esse aspecto e dizem que a receita com a Margem Equatorial, por exemplo, só deve começar a "cair na conta" da União de 2028 para frente.

A Cúpula de Líderes de Belém se encerrada nesta sexta-feira (07). Nas palavras do próprio presidente brasileiro, os chefes de Estado se reuniram para dar uma "bússola" às delegações de cada país, que permanecem em Belém para as negociações técnicas sobre financiamento climático.

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