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Crise hídrica deixa metade da população de SP com abastecimento em risco
Publicado 25/11/2025 • 19:30 | Atualizado há 1 hora
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Publicado 25/11/2025 • 19:30 | Atualizado há 1 hora
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Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
Sistema Cantareira
Metade da população do Estado de São Paulo sofre restrição no abastecimento de água devido à crise hídrica. O desabastecimento parcial atinge os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), incluindo a capital, (22,9 milhões de pessoas) e ao menos sete cidades do interior (1,2 milhão de habitantes). As chuvas voltaram, mas se mantêm abaixo da média histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A Sabesp opera 37 dos 39 municípios da Grande São Paulo. São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes têm autarquias municipais responsáveis pela distribuição de água aos moradores, mas ambas compram água da Sabesp no atacado. Toda água para abastecimento é proveniente dos reservatórios do Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que está com 26,6% do volume útil nesta terça-feira (25).
O conjunto de reservatórios do Sistema Cantareira, que responde por 41% do abastecimento, está com 21,6% do volume útil. O monitoramento diário realizado pela Sabesp mostra que, apesar das chuvas recentes, os mananciais oscilam para baixo. As chuvas nas regiões de formação dos reservatórios, este ano, estão de 40% a 50% abaixo das médias históricas.
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No dia 23 de setembro deste ano, quando a SP-Águas reconheceu a situação de escassez de água na RMSP, que evidencia o desequilíbrio entre oferta e demanda de recursos hídricos, o Cantareira estava com 31% do volume útil. O pior nível desde a crise hídrica histórica de 2014/15 levou a agência a autorizar medidas de contingência, como ampliar a redução na pressão da água no período noturno (das 19h às 5 da manhã).
No domingo (23), alegando a redução no volume de água fornecido pela Sabesp, via Sistema Cantareira, a prefeitura de São Caetano do Sul reconheceu que a cidade vive na prática o racionamento de água. A Sabesp diz que a redução na pressão da água, adotada desde 27 de agosto, atinge toda a Região Metropolitana e já levou a uma economia de 41 bilhões de litros dos mananciais. Para a empresa, essa redução na pressão é adotada internacionalmente e não se trata de racionamento.
Conforme a companhia, a medida está sendo aplicada no período noturno, quando o consumo de água é menor. “A ação é preventiva e temporária e atende a uma deliberação da Arsesp [Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo], com o objetivo de preservar os reservatórios que abastecem a região”, diz.
Em Bauru, as chuvas recentes alagaram a cidade e melhoraram o nível do Rio Batalha, onde é feita a captação para abastecer a cidade. Mesmo assim, o racionamento continua: os bairros da cidade foram divididos em três grupos que recebem água em períodos alternados. Alguns bairros chegam a ficar até 72 horas sem abastecimento.
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A prefeitura de Americana decretou emergência hídrica devido à inconstância no abastecimento. Segundo a prefeitura, a estiagem prolongada e a baixa qualidade da água captada no Rio Piracicaba reduziram a oferta da água a ser distribuída à cidade, mas não há racionamento.
Em Salto, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto fecha periodicamente os 11 reservatórios que atendem a cidade para recuperação dos níveis, afetados pela estiagem. A autarquia realiza manobras na rede para manter os bairros abastecidos pelo maior tempo possível. Os moradores convivem com o racionamento desde setembro.
A turbidez excessiva das águas do Rio Corumbataí afetam o abastecimento de Rio Claro até esta terça-feira. Devido às chuvas, o rio ficou com excesso de matéria orgânica. A Estação de Tratamento 2 operava com capacidade parcial.
Bairros de Birigui também enfrentam restrições no abastecimento. Em Valinhos, os mananciais se recuperaram, mas reparos em redes e bombas têm causado suspensões periódicas no abastecimento. Em Tambaú, a crise no abastecimento levou a prefeitura a disponibilizar caminhões pipa para atender a população.
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O mapa que compõe o protocolo de escassez hídrica da SP-Águas, que aponta os estágios de disponibilidade hídrica em todas as regiões do Estado, não tem nenhuma em situação normal. A maioria está em estado de alerta, sendo 18 em situação crítica.
As regiões do Alto Piracicaba, onde fica o Cantareira, e das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), assim como a região da capital, já foram declaradas em nível crítico de escassez hídrica.
Quatro regiões distribuídas pelo Estado estão em emergência declarada por escassez hídrica: duas estão na região central, próximo a Lençóis Paulista, outra no Vale do Paraíba, na região de Cruzeiro, e a quarta no litoral sul, entre Iguape e Cananéia.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas que atingiram o extremo sul e sudoeste de São Paulo este mês vieram na forma de temporais, sem grande impacto nos reservatórios. Em novembro, no estado, os volumes de chuva estão abaixo da média.
O boletim meteorológico do Consórcio PCJ, com dados de outubro de 2025, aponta que as chuvas ficaram 3,4% abaixo da média histórica, totalizando 103,0 mm em comparação aos 106,6 mm esperados para o período. Apesar da proximidade com a média histórica, outubro foi o nono mês consecutivo com índices pluviométricos inferiores ao esperado. As vazões médias dos rios também permaneceram abaixo da média histórica, mantendo a tendência observada ao longo de todo o ano.
As previsões climáticas para o trimestre novembro-dezembro-janeiro indicam que as chances de ocorrência do fenômeno La Niña chegam a 60%, que supera as condições de neutralidade. A predominância da tendência de La Niña durante o período úmido tende a reduzir a incidência de chuvas.
“O Consórcio PCJ reforça a importância do monitoramento contínuo das condições hidrológicas e climáticas, além da adoção de medidas que ampliem a capacidade de armazenamento e o uso racional da água”, diz o boletim.
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