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Dólar sobe e encosta em R$ 5,36 em meio à alta demanda por remessas ao exterior

Publicado 01/12/2025 • 21:08 | Atualizado há 37 minutos

KEY POINTS

  • O dólar fechou em alta de 0,46%, a R$ 5,3593, impulsionado pela maior demanda por “dólar spot” para remessas de fim de ano; operadores apontam que a busca por divisas aumentou após a rolagem de contratos futuros.
  • O presidente do BC, Gabriel Galípolo, reafirmou o câmbio flutuante e disse que a autarquia só intervém em casos de disfuncionalidade; analistas veem chance de o BC atuar com novas linhas ou até um “casadão” (dólar à vista + swap reverso).
  • No exterior, o iene se fortaleceu após sinalização de alta de juros no Japão, enquanto PMI dos EUA veio abaixo do esperado; moedas latino-americanas, como real e peso colombiano, caíram mesmo com avanços do petróleo e minério.
Dólar

Dólar fecha em menor nível desde junho de 2024

Pixabay

Depois de oscilações contidas pela manhã, o dólar ganhou força ao longo da tarde e encerrou esta segunda-feira (1º) em alta de 0,46%, cotado a R$ 5,3593, após máxima de R$ 5,3613. Operadores atribuíram o tropeço do real ao aumento da procura pela moeda americana no mercado local para envio de recursos ao exterior, como lucros e dividendos.

O diretor de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, avalia que, passada a rolagem de contratos futuros na virada do mês, já se observa demanda maior por “dólar spot” para as remessas de fim de ano. “Prova disso é a abertura do cupom cambial curto. Essa pressão deve durar o mês todo, mas não vejo uma alta muito grande do dólar”, afirma o tesoureiro, destacando que o Banco Central tende a intervir.

Analistas ouvidos pela Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, avaliam que o BC pode, além de rolar linhas existentes, promover oferta de novas linhas com compromisso de recompra. Também está no radar a possibilidade de uma operação conjunta de dólar à vista com swap cambial reverso — o chamado “casadão”.

Pela manhã, em evento da XP, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a defender o regime de câmbio flutuante e reiterou que a autarquia intervém no mercado apenas em casos de “disfuncionalidade”.

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No exterior, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — operava em leve queda no fim da tarde, ao redor dos 99,400 pontos.

Entre indicadores, o índice de atividade industrial (PMI) dos Estados Unidos, elaborado pelo ISM, caiu de 48,7 em outubro para 48,2 em novembro. A expectativa era de alta a 49,2.

No mercado global, o destaque foi a valorização de mais de 0,40% do iene, após o presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, sinalizar a possibilidade de aumento de juros na próxima reunião de política monetária, marcada para os dias 18 e 19 de dezembro. Um fortalecimento adicional do iene poderia provocar desmonte parcial de operações de carry trade, reduzindo o fôlego das divisas latino-americanas.

Moedas como o real e o peso colombiano recuaram mesmo com a alta superior a 1% do petróleo e do minério de ferro.

O gestor de fundos multimercados da AZ Quest, Eduardo Aun, vê impacto “muito marginal” de uma eventual elevação dos juros no Japão sobre as moedas latino-americanas, que, segundo ele, passam apenas por um ajuste leve após o desempenho positivo da semana passada.

“A sinalização mais recente do Federal Reserve favorece moedas emergentes, que podem ter uma boa performance até o fim do ano, embora sem grandes movimentos”, afirma Aun.

O gestor diz “não ter dúvidas” de que haverá corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros dos Estados Unidos na semana que vem, após a mudança recente na comunicação do Fed. Ele lembra que o BC americano saiu da reunião de outubro dividido sobre os próximos passos — algo enfatizado pelo chairman Jerome Powell.

Nas últimas semanas, porém, vários dirigentes do Fed emitiram sinais mais claros de redução dos juros. “Não saíram dados de grande relevância da economia americana. Essa mudança de discurso ocorreu porque as condições financeiras começaram a piorar, com realização nas bolsas americanas e no mercado de crédito.

O Fed está mostrando que, se for necessário, vai reagir à piora das condições financeiras, o que é uma sinalização importante”, afirma Aun, destacando que a nova postura acalmou os mercados e trouxe mais conforto para a tomada de risco.

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