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Publicado 19/12/2024 • 12:07
KEY POINTS
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Raphael Ribeiro/BCB.
Em coletiva na manhã desta quinta-feira (18) no Banco Central (BC), o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, disse que a transição para o comando de Gabriel Galípolo, que assume o cargo em 1º de janeiro, foi a mais bem planejada e suave, independente da polarização política e das críticas.
Oficialmente, o mandato de Campos Neto termina em 31 de dezembro.
“Tenho certeza que o BC está bem preparado para continuar cumprindo seu papel fundamental para a sociedade brasileira. Vou continuar defendendo e ajudando o Banco Central sempre de forma clara e transparente, lutando pela autonomia e pelo aprimoramento da autonomia”, disse.
“Nosso objetivo é ganhar o máximo de credibilidade e fazer com que a gente tenha o máximo de convergência nas expectativas, da forma mais suave possível. Algumas incertezas viraram certezas e, de fato, se tornou um cenário mais adverso”, completou Campos Neto.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano, e já contratou duas altas da mesma magnitude para os próximos dois encontros.
Segundo Campos Neto, a transição na presidência do Banco Central foi a mais bem planejada e suave, independentemente da polarização política. O atual presidente da autarquia ainda desejou boa sorte a Galípolo e disse ter certeza de que o BC está bem preparado para continuar cumprindo o seu papel.
Para Galípolo, a transição foi amistosa e generosa. “Foi uma transição entre amigos”, disse o futuro presidente do Banco Central do Brasil, que ainda teceu elogios a Campos Neto. “Eu sou testemunha de que Campos Neto atuou pensando no que era melhor para o País. Agradeço tanto como futuro presidente do BC, como brasileiro”, disse.
Sobre a manutenção da taxa básica de juros, a Selic, Galípolo pontuou que a materialização de alguns riscos tirou algumas incertezas da frente, por isso faz sentido prever mais duas altas de 1 ponto percentual. “Temos clareza de onde estamos indo […] estamos caminhando na direção de dar às taxas de juros um nível restritivo com alguma segurança”, disse Galípolo.
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