CNBC
Sede do Google, Googleplex, na Califórnia.

CNBCUE multa Google em R$ 18,75 bilhões em meio a tensões comerciais nos EUA

Economia Brasileira

Bradesco prevê crescimento modesto de 1,6% no varejo brasileiro neste ano com inflação em queda

Publicado 05/09/2025 • 17:20 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • O Bradesco projeta um crescimento mais modesto de 1,6% para o varejo brasileiro em 2025, representando uma desaceleração significativa em relação aos 4,1% de 2024, mesmo com o consumo das famílias mantendo-se aquecido pelo mercado de trabalho favorável e possível liberação de precatórios.
  • O banco mantém suas projeções macroeconômicas-chave para 2025 com PIB em 2,1%, Selic em 15% e dólar a R$ 5,50, antecipando que o ciclo de cortes de juros só começará em janeiro de 2026 devido à postura cautelosa do Banco Central para garantir a convergência inflacionária.
  • Apesar do cenário inflacionário mais favorável com IPCA revisado para 4,7%, o relatório alerta para riscos de aquecimento do mercado de trabalho sem ganhos de produtividade, com expectativa de aumento real de rendimentos de 4% que deve manter a inflação de serviços em torno de 5%.
Lucro líquido do Bradesco cresce

Banco Bradesco

Divulgação

As estimativas do Bradesco para o desempenho do varejo brasileiro em 2025 indicam avanço mais modesto em relação ao ano anterior. O banco projeta crescimento de 1,6% nas vendas do setor, resultado 2,5 pontos percentuais inferior ao registrado em 2024, quando o aumento foi de 4,1%.

Segundo o relatório divulgado na última sexta-feira (5), o consumo das famílias deve continuar em alta no terceiro trimestre, impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido e pela possível liberação de R$ 12 bilhões em precatórios no próximo ano.

Apesar do cenário positivo para o consumo, o Bradesco prevê que os investimentos dos varejistas seguirão em ritmo lento. A equipe técnica do banco destaca que o Produto Interno Bruto (PIB) deve apresentar estabilidade no segundo semestre, com crescimento próximo de zero, encerrando 2025 com alta de 2,1%.

O estudo também aponta sinais de desaceleração tanto nos índices de confiança quanto na demanda percebida pelos empresários do setor.

Leia também:
Ibovespa fecha em leve alta de 0,17%, sustentado por ações de Petrobras e Bradesco
Lucro de Itaú, Bradesco e Santander vai a R$ 21 bilhões
Resultado do Bradesco sinaliza cautela na expansão de crédito, diz analista da Suno

Principais indicadores econômicos e política monetária

Entre os principais indicadores econômicos, o Bradesco mantém suas previsões: crescimento real do PIB de 2,1%, taxa Selic em 15%, dólar a R$ 5,50, desemprego em 5,9% e dívida bruta equivalente a 80,2% do PIB ao fim de 2025. A única exceção é a inflação, cujas estimativas recuaram de 4,9% para 4,7% no IPCA anual.

O banco espera o início do ciclo de cortes nos juros apenas em janeiro de 2026, justificando que o Banco Central ainda adota postura cautelosa para garantir a convergência da inflação à meta.

As projeções para a Selic acumulada em 12 meses indicam fechamento em 14,33%, enquanto a Selic real, descontada a inflação, deve atingir 9,23%. O crescimento anual do crédito geral está estimado em 7,4% para 2025.

Segundo o relatório, a moderação atual não é suficiente para antecipar o início da flexibilização monetária, e o ciclo de cortes só deve começar quando as previsões de inflação estiverem alinhadas à meta do BC. O banco prevê Selic em 11,75% ao final de 2026.

Inflação, mercado de trabalho e desempenho setorial

O relatório aponta a inflação como um aspecto favorável, graças à queda na expectativa do IPCA e ao impacto da valorização do câmbio, que reduziu custos de produção repassados ao consumidor. A estabilidade nos preços dos alimentos também colaborou para o cenário mais otimista.

O Bradesco alerta, porém, para o risco de aquecimento do mercado de trabalho sem aumento correspondente na produtividade. “Esperamos aumento real de rendimentos próximo de 4% no próximo ano”, afirmou a equipe do banco, ressaltando que isso deve manter a inflação de serviços ao redor de 5% (Agência DC News).

Na avaliação do banco, a Nairu apresentou leve redução, o que pode ajudar a evitar a aceleração da inflação. A taxa de desemprego, hoje em 5,9%, deve subir para 6,5% em 2026.

A instituição também destaca a desaceleração do crescimento do PIB, reflexo do desempenho mais fraco de setores cíclicos e sensíveis aos juros, enquanto segmentos ligados à indústria extrativa continuam com resultados positivos.

O banco chama atenção para a absorção doméstica, que cresceu menos que o PIB total pela primeira vez desde 2023, sugerindo queda na pressão sobre a capacidade ociosa da economia e sinalizando tendência de menor expansão dessa variável nos próximos trimestres.

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:


🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no

MAIS EM Economia Brasileira