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Dólar sobe 0,98% e atinge R$ 5,47 com novas tarifas de Trump
Publicado 07/07/2025 • 20:17 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 07/07/2025 • 20:17 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Notas de dólar
Pexels
O dólar apresentou, nesta segunda-feira (7) um aumento significativo, encerrando o dia cotado a R$ 5,4778, representando um avanço de 0,98%. Este movimento foi impulsionado por um anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que revelou novas tarifas de importação para diversos países, com validade a partir de 1º de agosto.
A moeda americana, que já mostrava força no início do dia, ganhou ainda mais impulso no mercado local e internacional.
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O dólar à vista atingiu uma máxima de R$ 5,4845 ao longo do dia. Com o aumento registrado hoje, a moeda acumula uma alta de 0,80% nos primeiros pregões de julho, revertendo parcialmente a queda de 12,07% observada no primeiro semestre do ano. As chamadas tarifas recíprocas de Trump, que haviam sido suspensas temporariamente no “Liberation Day” em abril, voltam a vigorar, aumentando a incerteza econômica global e penalizando ativos de risco.
O governo dos EUA enviou notificações formais aos países afetados pelas novas tarifas. Japão e Coreia do Sul enfrentarão taxas de 25%, enquanto África do Sul, Laos, Mianmar, Malásia e Cazaquistão terão tarifas que variam de 25% a 40%. Essas medidas são adicionais a quaisquer políticas setoriais já existentes e elevam a tensão no comércio internacional.
Luciano Costa, economista da corretora Monte Bravo, comentou sobre o impacto das tarifas: “Precisamos ver ainda qual vai ser no final das contas as tarifas efetivas e quanto isso vai impactar na inflação e na trajetória dos juros pelo Federal Reserve”. Ele enfatizou a importância de observar como as tarifas afetarão grandes parceiros comerciais, como a União Europeia, e o eventual impacto na economia global.
Além das tarifas, Trump ameaçou impor uma taxa adicional de 10% a países alinhados às políticas do Brics, após críticas do bloco a ações militares no Irã. Durante uma reunião no Rio de Janeiro, os países do Brics condenaram os ataques, mas evitaram mencionar diretamente os EUA. As tensões geopolíticas podem afetar ainda mais o cenário econômico.
No contexto brasileiro, Trump interferiu nos assuntos internos ao afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro é vítima de uma “caça às bruxas” e pediu que ele fosse deixado em paz. “O único julgamento que deveria acontecer é um julgamento pelos eleitores do Brasil”, declarou Trump, gerando repercussão no cenário político nacional.
Apesar das ameaças, o real se comportou relativamente bem, registrando perdas menores que as dos pesos chileno e colombiano, além do rand sul-africano. O índice DXY, que mede o dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, subiu cerca de 0,30% no final da tarde, atingindo 97,500 pontos após uma máxima de 97,667 pontos.
Para Costa, o movimento de apreciação do dólar pode não ser duradouro. Ele ressalta que a moeda americana pode enfraquecer novamente, dependendo de como o mercado precificará a tarifa média efetiva de importação dos EUA e seu impacto na inflação.
“Eventualmente, com um crescimento menor da economia americana, que pode desacelerar mais que a atividade no resto do mundo, e a perspectiva de corte de juros pelo Fed, o dólar pode continuar se enfraquecendo”, afirmou ele.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, também comentou sobre a situação. Ele destacou que o Federal Reserve provavelmente adotará uma postura mais cautelosa na política monetária devido ao impacto das tarifas na inflação.
“Os mercados buscam agora precificar o tamanho dessas medidas e seus desdobramentos sobre a economia global. Voltamos, portanto, a um ambiente de incerteza que tende a aumentar a aversão ao risco nos próximos meses”, explicou Sung.
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