Nvidia pode ser sua própria inimiga? Ações caem após resultados do terceiro trimestre
Alphabet apoia Odoo, pouco conhecida rival da SAP, elevando avaliação para US$ 5,3 bi
Baidu registra queda de 3% na receita do terceiro trimestre, superando expectativas do mercado
Companhia aérea desenvolve tecnologia para constranger passageiros ‘fura-fila’
Inteligência artificial em plataformas de busca de emprego dificulta contratações, diz empresário
Publicado 13/11/2024 • 11:53 | Atualizado há 5 dias
KEY POINTS
DREX, versão digital do real, exibida em uma tela de celular
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Previsto para ser lançado em 2025, o Drex — a versão digital do real — segue em fase de testes na segunda etapa do projeto piloto, iniciado em julho de 2024. O Drex funciona como uma versão eletrônica da moeda brasileira, sob regulamentação do Banco Central, e foi desenvolvido para modernizar o sistema financeiro do país, facilitando transações digitais de forma segura e eficiente.
O nome “Drex” (sigla da abreviação da expressão “Digital Real X”) também se refere à plataforma onde a moeda digital será transacionada, juntamente com outros ativos, como títulos públicos federais.
Para entender melhor como essa moeda digital funcionará no dia a dia e quais os impactos na economia, o Times Brasil | Exclusivo CNBC conversou com Euricion Murari, diretor de Inovação e Serviços da Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e com a SFCOOP, consórcio participante da iniciativa piloto para a criação do Real Digital pelo BC composto pela Sicoob, Sicredi, Ailos, Cresol e Unicred.
Na prática, o Drex permitirá que pagamentos e transações sejam realizados de maneira mais eficiente e instantânea, semelhante às transferências via PIX, mas com características de liquidação em tempo real.
“O Drex será utilizado para transações mais complexas e automatizadas, como contratos inteligentes e tokenização de ativos”, explica a SFCOOP.
De maneira prática, uma vez o Drex disponível na wallet [carteira], o cliente poderá adquirir ativos financeiros para investimentos fracionados ou inteiros, realizar compra de bens como veículos, imóveis atrelados aos contratos inteligentes [smarts contracts], garantindo segurança e automatizações entre a liquidez e a transferência do bem.
“Além disso, será possível utilizar seus ativos financeiros digitais como garantia para operações de crédito, por exemplo”, explica Murari.
É importante ressaltar que o Drex não vai substituir o PIX. Na verdade, eles têm funções complementares. “O Pix continuará sendo usado para pagamentos cotidianos, enquanto o Drex será utilizado para transações mais complexas e automatizadas, como contratos inteligentes e tokenização de ativos”, esclarece a SFCOOP.
O objetivo, segundo os especialistas, é digitalizar e modernizar o sistema de pagamentos e transações financeiras no Brasil, diminuindo as burocracias, com a premissa de ser uma solução mais ágil e segura.
“Como uma moeda digital emitida pelo Banco Central, ele busca facilitar as transações financeiras entre pessoas, empresas e instituições de forma integrada e com menor custo operacional”, diz a SFCOOP.
Segundo Murari, a expectativa é que a moeda traga uma maior oferta de serviços e produtos financeiros, ampliando o acesso da população a esses recursos. “Esse avanço se deve aos contratos inteligentes e novas tecnologias aplicadas, que possibilita operações automatizadas, programáveis e padronizadas.”
A plataforma Drex é uma rede que utiliza a tecnologia de registro distribuída em DLT, que é um banco de dados digital com informações copiadas, compartilhadas e sincronizadas. E é através desse sistema que as instituições financeiras estarão conectadas à plataforma Drex.
Esse banco de dados sincronizado fornece um histórico verificável com todos os registros temporais e com suas respectivas assinaturas criptografadas exclusivas (tokens), que garantem veracidade das informações auditáveis. “Por isso, o conceito de rede descentralizada”, diz Murari.
O Drex será integrado ao sistema financeiro brasileiro como um ativo digital de liquidação direta, permitindo que instituições financeiras e cooperativas de crédito utilizem-no para realizar transações interbancárias e transações com clientes.
“Ele servirá como uma ferramenta de liquidez imediata, facilitando o fluxo de capital e a interação entre diferentes participantes do sistema”, pontua a SFCOOP.
O Drex não pode ser considerado uma criptomoeda porque é uma moeda digital emitida e regulamentada pelo Banco Central do Brasil. “A principal diferença em relação às criptomoedas é a centralização”, explica a SFCOOP.
Ou seja, enquanto o Drex conta com o controle de uma autoridade central que garante maior segurança jurídica e supervisão, as criptomoedas são descentralizadas e operam sem um órgão regulador.
Para Murari, da ABBC, o Drex tem um grande potencial de aumentar o acesso da população a produtos financeiros. “Ele poderá promover uma maior inclusão financeira para a população.”
Por outro lado, os especialistas explicam que alguns desafios incluem:
“Esses desafios estão sendo mapeados nos testes que o Banco Central vem executando com todo o mercado financeiro durante o Piloto”, diz Murari.
A princípio, o Drex e todas as novas tecnologias envolvidas em sua implantação vão desencadear um menor custo operacional para a realização das transações, gerando impactos positivos para os consumidores.
“A expectativa é muito positiva para a economia”, diz o diretor da ABBC. “Passada, com sucesso, a segunda fase do piloto, prevista para encerrar no 2º semestre de 2025, imagino que estaremos prontos para entrar em produção.”
Mais lidas
GWM chega ao Brasil em maio de 2025, com fábrica no interior de SP
Lula discute ajuste fiscal com Haddad e ministros nesta quinta (21)
Baidu registra queda de 3% na receita do terceiro trimestre, superando expectativas do mercado
Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC, chega às operadoras SKY+ e VIVO TV
TIMES EXCLUSIVO: Alfredo Cotait analisa impacto da reforma tributária sobre o Simples Nacional, confira