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Exclusivo: “Economia brasileira está bem, mas em condição anômala”, diz ex-Secretário do Tesouro
Publicado 30/05/2025 • 15:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 30/05/2025 • 15:20 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado principalmente pelo desempenho da agropecuária. Apesar do resultado positivo, economistas alertam para os desafios estruturais da economia no curto prazo.
Para Carlos Kawall, sócio da Oriz Partners, “a economia está bem, mas está dentro de uma condição anômala, porque o juro real é muito elevado”. A declaração foi dada durante entrevista ao Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, em que o economista analisou os números do PIB e as perspectivas para os próximos meses.
Kawall foi, por oito anos, economista-chefe do Citigroup do Brasil e era responsável pelas análises macroeconômicas relativas à economia brasileira para a área de pesquisa econômica da instituição, além de passagens pelo BNDES e Tesouro Nacional.
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Kawall explicou que a alta de 12,2% na agropecuária em relação ao trimestre anterior foi determinante para o resultado. Segundo ele, mesmo desconsiderando a contribuição do setor, o PIB teria avançado 0,8%, ritmo que anualizado supera 3%.
“O número veio dentro do esperado, mas indica um crescimento para 2025 acima do que se imaginava no fim de 2024”, afirmou. Na avaliação do economista, os dados levaram o mercado a revisar as projeções para este ano, que devem ficar entre 2% e 2,5%.
O setor de serviços também foi destacado por Kawall, que apontou o impacto de um mercado de trabalho aquecido. “O setor de serviços atingiu, junto com o PIB, o maior patamar da série histórica”, disse.
Para o segundo trimestre, Kawall prevê menor impacto da agropecuária, devido à sazonalidade da safra, e uma economia pressionada pela política monetária restritiva. Segundo ele, o aumento do IOF sobre operações de crédito e os juros elevados devem afetar setores como automotivo, bens duráveis e construção civil.
Apesar disso, o economista destacou a resiliência do mercado de trabalho e as medidas de estímulo adotadas pelo governo, como o crédito consignado privado e a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendas de até R$ 5 mil em 2025.
“As medidas sugerem que o lado mais ligado ao mercado de trabalho e à baixa renda continuará forte”, afirmou Kawall, acrescentando que isso garante a possibilidade de o PIB registrar nova alta superior a 2% em 2025.
A indústria brasileira, por outro lado, permanece em cenário adverso. Kawall lembrou que o setor fechou o primeiro trimestre com retração de 0,1% em relação ao quarto trimestre de 2024. Ele explicou que setores mais sensíveis a crédito, como duráveis, automotivo e construção, seguem pressionados.
“O que move a maior parte do PIB é o setor de serviços, sustentado pelo mercado de trabalho forte e políticas de expansão fiscal e de crédito”, afirmou.
Kawall chamou a atenção para a incoerência entre a política monetária do Banco Central e a política fiscal do governo. Segundo ele, enquanto o BC tenta desacelerar a economia para conter a inflação, o governo federal mantém estímulos que sustentam o consumo e a atividade.
“É essa inconsistência que explica o equilíbrio da economia com juros reais muito mais elevados”, disse Kawall. Para o economista, essa situação aumenta o risco de uma desaceleração mais severa quando os estímulos cessarem ou o peso dos juros elevados se tornar insustentável.
O aumento do IOF sobre operações de crédito, anunciado pelo governo, foi alvo de críticas por parte do economista. Kawall afirmou que a medida surpreendeu o mercado financeiro e o setor produtivo, e classificou a decisão como inadequada.
“O governo está usando um imposto com função regulatória para fins arrecadatórios”, disse. Segundo ele, a expectativa é de que o Congresso analise a questão e decida se mantém ou suspende a medida, diante da pressão do setor produtivo.
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