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Economia Brasileira

Inadimplência em alta pressiona Copom por corte da Selic, apesar de risco inflacionário

Publicado 01/10/2025 • 07:37 | Atualizado há 2 meses

KEY POINTS

  • Inadimplência das famílias e pequenas empresas em tendência de alta.
  • Comprometimento da renda pressiona política monetária.
  • Massa salarial recorde mantém risco de inflação no radar.

A inadimplência voltou a ganhar importância no debate sobre política monetária no Brasil. Em uma análise do economista André Perfeito, o cenário atual de endividamento das famílias já mostra sinais claros de que o “serviço sujo da alta da Selic”, isto é, a desaceleração da economia via crédito mais caro, está em andamento.

“O comprometimento da renda das famílias chegou a 27,94%, perto do recorde histórico, e segue em tendência de alta”, afirma. Ele destaca ainda que a qualidade do endividamento piorou: “Boa parte das dívidas não é para aquisição de imóveis ou investimentos duráveis, mas para necessidades correntes. Isso acende um alerta importante”.

Empresas menores sentem mais o peso

Outro ponto citado por Perfeito é a diferença entre grandes companhias e pequenos negócios. “A inadimplência das empresas de grande porte permanece baixa, mas entre micro, pequenas e médias empresas saltou de cerca de 2% em 2020 para 5,5% agora”, explica.

No caso das famílias, os números também preocupam. Embora o recorde de inadimplência de pessoas físicas tenha sido em 2012, quando alcançou 7,2%, os atuais 6,55% (dados de julho) acontecem com endividamento de 48,57% da renda anual, bem acima dos 37,21% registrados naquela época.

Elaboração: André Perfeito

Entre cortes de juros e risco inflacionário

Perfeito resume a situação como um “empate técnico infernal” entre inadimplência em alta e a massa salarial recorde.

De um lado, a alta no comprometimento da renda sugere espaço para cortes na Selic. De outro, o aumento da renda dos trabalhadores mantém a demanda aquecida, sustentando riscos inflacionários.

“Costumo brincar que os juros não caem porque a notícia ruim é que está bom. Agora talvez a frase precise ser atualizada: a notícia ruim é que está absurdamente bom”, diz.

Para ele, a decisão do Banco Central exigirá “dosar a mão”, como um psiquiatra que precisa ajustar um medicamento sem levar o paciente ao extremo.

As expectativas de inflação não estão claramente ancoradas e o BC pode insistir em juros acima do neutro. Mas o canal do crédito já mostra que a economia está no limite.

Elaboração: André Perfeito

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