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Empresa privada quer faturar R$ 101 milhões com alta na cobertura vacinal
Publicado 15/10/2025 • 20:45 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 15/10/2025 • 20:45 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Com o Brasil registrando alta na cobertura vacinal em quase todo o calendário infantil — 15 das 16 vacinas apresentaram crescimento em 2024, segundo o Ministério da Saúde —, a empresa de franquias de clínicas de vacinação Saúde Livre aposta em um modelo agressivo de expansão para aproveitar o movimento positivo. A rede projeta faturar R$ 101,5 milhões em 2025, alta de 80% sobre o ano anterior, e pretende chegar a 254 clínicas em operação até o fim de 2026, o que pode acrescentar 2 milhões de brasileiros ao mapa da imunização.
Fundada em 2012, em Mato Grosso, por Roseane e Fábio Argenta, a empresa nasceu de uma demanda pessoal e se tornou uma das maiores redes privadas de vacinação do País. “Apesar de termos ampliado a oferta de vacinas, ainda temos uma baixíssima cobertura vacinal”, afirmou Roseane. A meta agora é crescer levando informação e combatendo fake news — um desafio que, segundo ela, exige tanto investimento em comunicação quanto em seringas.
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A empresa, que já vacinou mais de 1 milhão de pessoas, surgiu da vontade do casal em vacinar o filho com antígenos que a rede pública não oferece — as chamadas vacinas complementares. Ao analisarem a questão mais a fundo, perceberam também a falta de oferta para a população acima dos 50 anos, como a vacina contra pneumonia. “E aí vimos que tinha mercado nisso”, contou Roseane.
O investimento inicial na estruturação, padronização e registro da marca foi de cerca de R$ 500 mil a R$ 1 milhão. Hoje, com os aportes acumulados, o montante já ultrapassa R$ 5 milhões, devido à expansão e à criação de novos departamentos de apoio, especialmente o de marketing. Ambos os fundadores já tinham experiência na área da saúde: Roseane atuava como dentista e manteve o próprio consultório até 2018, quando passou a se dedicar integralmente à Saúde Livre Vacinas.
O crescimento levou a uma mudança de modelo estratégico, com a migração para o formato de franquias “para facilitar a expansão”. “Já tínhamos todos os processos padronizados, então, quando a ideia surgiu, abraçamos”, disse. A primeira franquia foi inaugurada em 2017, e três das cinco unidades próprias originais se tornaram franqueadas por questões de distância.
O grande salto ocorreu durante a pandemia, quando a procura por franquias disparou, atraindo mais de 2 mil interessados. “Contratamos uma nova empresa para fazer a triagem de possíveis franqueados. Era muita coisa”, relatou Roseane. “Muita gente achou que faturaria com a pandemia, que vacinas seriam o novo negócio. Não funciona assim.”
Mesmo assim, o avanço é consistente. Cerca de 20% dos franqueados têm mais de uma unidade, chegando até dez clínicas. Atualmente, a rede soma 138 clínicas em operação e outras 230 em fase de implementação.
Roseane destaca que o foco da empresa não é competir com clínicas já estabelecidas, mas ampliar o acesso e conscientizar a população. “Queremos aumentar a cobertura vacinal no País, não competir. Não pensamos dessa forma”, afirmou.
Ela também aponta a desinformação e as fake news como barreiras centrais. “Nosso desafio é sempre levar informação. Quando as pessoas sabem, entendem a necessidade e querem se vacinar”, disse. “Mas tem quem ganhe fama com o desserviço.”
Um exemplo do propósito da marca é o projeto Saúde Livre Solidária, que chega à oitava edição. A iniciativa destina 0,5% do faturamento de cada unidade à vacinação de famílias carentes fora das faixas atendidas pelo SUS. Cada franquia escolhe uma entidade local para ampliar o impacto do projeto, realizado tradicionalmente no fim do ano. “Não é que a clínica vai pagar a vacina”, explicou. “Esse valor é destinado à vacinação; não doamos o dinheiro.”
Dados nacionais
Segundo o Ministério da Saúde, em 2024, 15 das 16 vacinas do calendário infantil tiveram aumento de cobertura, revertendo a tendência de queda observada desde 2016. Entre os destaques, a tríplice viral (primeira dose) subiu de 80,7% para 96,3%, e a poliomielite alcançou 100% das crianças vacinadas.
Outros imunizantes, como a pneumocócica (reforço) e a tríplice viral (segunda dose), também cresceram, atingindo respectivamente 85,6% e 74,5% de cobertura. Ainda assim, vacinas de reforço e faixas etárias mais altas, como HPV e herpes-zóster, permanecem abaixo das metas recomendadas pela OMS.
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