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Economia Brasileira

Haddad defende ‘diálogo’ em resposta à taxação do aço pelos EUA

Publicado 12/03/2025 • 12:08 | Atualizado há 4 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • O governo brasileiro está avaliando estratégias para lidar com a nova taxação imposta pelos Estados Unidos ao aço importado.
  • Embora a medida não seja direcionada exclusivamente ao Brasil, ela impacta diretamente a indústria nacional e as relações comerciais entre os dois países. O setor siderúrgico contesta a justificativa americana e defende uma negociação para reverter a decisão.
  • Em entrevista à jornalistas na manhã desta quarta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o governo brasileiro tratará a questão com reciprocidade, mas priorizando o diálogo.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Fernando Haddad se reuniu com representantes dos produtores de aço

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo brasileiro está avaliando estratégias para lidar com a nova taxação imposta pelos Estados Unidos ao aço importado. Embora a medida não seja direcionada exclusivamente ao Brasil, ela impacta diretamente a indústria nacional e as relações comerciais entre os dois países. O setor siderúrgico contesta a justificativa americana e defende uma negociação para reverter a decisão.

Em entrevista a jornalistas na manhã desta quarta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou que o governo brasileiro tratará a questão com reciprocidade, mas priorizando o diálogo. “Nós vamos tratar na base da reciprocidade os entendimentos, mas colocando em primeiro lugar a mesa de negociação que está aberta já com o governo americano e que foi bem-sucedida em outros momentos do passado recente”, afirmou Haddad.

Segundo ele, medidas semelhantes já foram adotadas pelos Estados Unidos no passado e posteriormente revertidas em benefício do comércio bilateral. O setor siderúrgico brasileiro argumenta que as novas tarifas não fazem sentido, pois o país exporta produtos semiacabados e importa produtos acabados, desmontando a tese americana de reexportação.

“O nosso comércio é muito equilibrado e, na verdade, as nossas vendas não são revendas, como sugeriu o discurso oficial dos Estados Unidos. Nós não revendemos nada no Brasil. O que a gente importa de aço não tem nada a ver com o que a gente exporta de aço. Não é nem parte da cadeia de produção, porque nós exportamos produtos semiacabados e importamos produtos acabados”, explicou Haddad.

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Negociação ou retaliação?

O setor siderúrgico apresentou recomendações tanto para importações quanto para exportações, mas reforçou que as estratégias precisam ser diferentes. “No caso das exportações, envolve uma negociação; no caso das importações, envolve uma defesa mais unilateral”, esclareceu o ministro.

Ainda assim, Haddad garantiu que o governo não adotará nenhuma medida precipitada e seguirá priorizando a diplomacia. “O presidente Lula falou: ‘Muita calma nessa hora’. Nós já negociamos outras vezes em condições até muito mais desfavoráveis do que essa”, afirmou.

O ministro também destacou que os argumentos apresentados pela indústria brasileira são sólidos e ajudarão nas tratativas com os americanos. “Nós vamos levar à consideração do governo americano que há um equívoco de diagnóstico e, de fato, os argumentos trazidos pela indústria brasileira são muito consistentes e vão ajudar o Ministério do Desenvolvimento na mesa de negociação”, ressaltou.

Impactos econômicos e próximos passos

A possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos também preocupa o governo brasileiro, uma vez que um desaquecimento da economia americana pode afetar o comércio global e, consequentemente, as exportações do Brasil. Questionado sobre essa perspectiva, Haddad afirmou: “Vamos acompanhar como é que também vai ser a reação deles a essa perspectiva. Certamente, eles não vão ficar parados em relação a isso.”

O governo brasileiro seguirá ouvindo o setor e consolidando argumentos técnicos para apresentar aos Estados Unidos. Haddad confirmou que uma nota técnica será elaborada pelo Ministério da Fazenda e encaminhada ao Ministério do Desenvolvimento, a partir das informações colhidas junto ao setor siderúrgico.

A expectativa é que novas reuniões sejam realizadas nas próximas semanas para definir a estratégia do Brasil diante da taxação imposta pelos EUA.

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