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Haddad defende reforma tributária: “Sem IVA não conseguimos baixar impostos”
Publicado 27/09/2025 • 14:08 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 27/09/2025 • 14:08 | Atualizado há 3 horas
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Fernando Haddad em entrevista ao podcast 3 irmãos. Reprodução Youtube
O ministro da Fazenda Fernando Haddad defendeu a aprovação da reforma tributária como passo essencial para modernizar o sistema brasileiro de impostos. Ele afirmou que a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) é o primeiro movimento para reduzir distorções e sair do “caos tributário” apontado pelo Banco Mundial, que classificou o Brasil entre os dez piores sistemas do mundo.
Além da defesa da reforma, Haddad criticou a taxa Selic elevada, explicou como funciona a auditoria da dívida pública, comentou sobre os riscos de ataques hackers ao Pix e levantou suspeitas de uso abusivo da recuperação judicial em determinados setores da economia. As declarações foram feitas durante participação no podcast 3 Irmãos, em entrevista transmitida ao vivo na manhã deste sábado (27).
“Se eu não começo pelo IVA, não consigo abaixar os tributos nunca. O IVA desonera investimentos, exportações, nivela tributos entre setores, acaba com a guerra fiscal entre os Estados, reduz a sonegação e amplia a arrecadação”, disse Haddad.
O ministro destacou que, após a implementação do IVA, será possível definir melhor a carga sobre consumo e renda, trazendo equilíbrio ao sistema. Segundo ele, até os estudos mais conservadores estimam que a reforma tributária pode elevar o PIB em 12% ao longo de 15 anos, número também citado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin em declarações recentes.
O chefe da Fazenda também rebateu críticas sobre a transparência da dívida pública, afirmando que ela é acompanhada em tempo real. “A dívida pública é auditada todos os dias. O Banco Central, o Tesouro Nacional e o TCU fazem esse trabalho com equipes técnicas de carreira”, afirmou.
Questionado sobre a autonomia do Banco Central, Haddad disse que a independência já existe desde o Plano Real, mesmo antes da lei aprovada em 2021. Ele ressaltou manter uma relação direta com o atual presidente da instituição, Gabriel Galípolo, mas lembrou que “a decisão final sobre política monetária será sempre do BC”.
Sobre a Selic, o ministro reforçou sua crítica ao patamar atual: “A taxa está muito alta e atrapalha a rolagem da dívida junto aos bancos”. Ainda assim, ele destacou que o Brasil segue crescendo, mesmo diante do cenário. Para Haddad, o debate sobre juros “é técnico e normal”, mas reconheceu que há críticas recíprocas entre governo e BC. “O Galípolo, quando critica a Fazenda, é sempre educado”, acrescentou.
Haddad também abordou os riscos de ataques digitais ao sistema de pagamentos instantâneos. Ele afirmou que golpes envolvendo o Pix podem gerar prejuízos bilionários ao setor financeiro.
“As instituições podem ter prejuízos milionários”, disse, lembrando que bancos, fintechs e provedores de TI no Brasil já contabilizam fraudes na casa de R$ 1 bilhão.
O ministro também rebateu críticas de empresas de cartão de crédito, que temem perder espaço para o Pix. “Se perder, o cara tem que ter oportunidade de usar o Pix se ele quiser”, afirmou. Ele comentou ainda a investigação aberta pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos sobre o sistema, classificando a medida como equivocada: “É uma coisa de desinformado, o Pix é uma moeda digital soberana”.
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Outro ponto levantado por Haddad foi o possível uso abusivo da recuperação judicial. Ele disse haver sinais de distorção em “um ou dois setores da economia”, sem revelar quais. “Tem um ‘abusozinho’ do uso da recuperação judicial em alguns setores, que estamos analisando com calma”, afirmou.
No mesmo bloco da entrevista, Haddad comentou sobre o combate a fraudes tributárias e à atuação do crime organizado, citando a operação da Polícia Federal na Refinaria de Manguinhos (Refit), no Rio de Janeiro, que reteve cargas de quatro navios de diesel importado.
Segundo ele, a Receita Federal ganhará uma delegacia especializada para combater organizações criminosas. “Tem que punir, mas tem que secar a grana. Se não, o negócio se reproduz como se fosse um tumor”, disse.
Haddad também comentou o cenário político e disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva será candidato à reeleição em 2026. “Ele é candidato a presidente, sim”, afirmou o ministro.
Ao ser lembrado por um dos apresentadores de que uma tia gostaria de votar nele em 2030, Haddad respondeu em tom descontraído: “Manda um abraço para sua tia”. Ele ressaltou que uma candidatura depende de circunstâncias e do destino. “Se não fosse a facada, será que o Bolsonaro seria eleito presidente? Possivelmente não”, afirmou.
Nos últimos discursos, Lula tem reforçado que pretende concorrer novamente ao Palácio do Planalto no próximo pleito. O presidente disse em entrevista ao SBT, no dia 9 de setembro, que só deixaria de disputar a eleição em caso de problema de saúde. “Só tem uma hipótese de eu não ser candidato, é se eu tiver algum problema de saúde”, declarou na ocasião.
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