Dólar fecha em alta moderada, mas desvaloriza 2,14% na semana; Ibovespa B3 sobe 1,36%
Publicado 07/03/2025 • 19:41 | Atualizado há 2 dias
Justiça dos EUA investiga disparada no preço dos ovos
Como o Facebook Marketplace está mantendo os jovens na plataforma
Goodyear quer que seu dirigível seja tão icônico quanto seus pneus
Os 10 melhores países para mulheres no mercado de trabalho
Bill Gates: O novo livro do meu ‘autor favorito’ é leitura obrigatória — ele mostra como a comida pode se tornar mais acessível
Publicado 07/03/2025 • 19:41 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira (7) em alta moderada em relação ao real e próximo ao nível de R$ 5,80, em dia marcado por desvalorização de divisas emergentes e de países exportadores de commodities, como o rand sul-africano, o peso colombiano e o dólar canadense.
Por outro lado, o dólar perdeu força em relação a pares, em especial o euro, após resultado aquém do esperado do relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos sugerir espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve já no primeiro semestre.
Operadores afirmam que dados mais fracos da China, com queda mais forte que a esperada das importações, e a incerteza em relação aos efeitos da política protecionista de Donald Trump podem ter detonado um movimento de ajustes e realização de lucros em divisas emergentes, após o rali das últimas semanas.
No Brasil, pesou também contra o real o resultado abaixo do esperado do PIB no quatro trimestre, que diminui a atratividade do país para investimentos e sugere menos espaço para mais altas da taxa Selic. O PIB cresceu 0,2% no quatro trimestre em relação ao terceiro, aquém da mediana de projeções, de 0,4%. A expansão em 2024 foi de 3,4%.
“O resultado do PIB reforçou o cenário de desaceleração da economia, o que provocou um recuo dos juros futuros, favorecendo também a alta da moeda americana em relação ao real”, afirma a economista-chefe do Ouribank, Cristiane Quartaroli.
Com máxima a R$ 5,8002 na última hora de negócios, o dólar terminou o dia cotado a R$ 5,7902, em alta de 0,53%, emendando o segundo pregão de valorização. Apesar disso, a moeda termina a semana mais curta, em razão do Carnaval, com perdas de 2,13%, uma vez que havia fechado na última sexta-feira (28) em R$ 5,9163.
Do lado das contas externas, a balança comercial apresentou déficit de US$ 323,7 milhões (cerca de R$ 1,87 bilhão, na cotação atual) em fevereiro, surpreendendo analistas. A mediana de Projeções Broadcast era de superávit de US$ 1,97 bilhão (R$ 11,4 bilhões). No ano, o saldo da balança ainda é positivo em US$ 1,934 bilhão (R$ 11,198 bilhões).
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reiterou hoje à tarde que a política monetária está bem posicionada para lidar com incertezas geradas pelas políticas de Trump, mas alertou que a taxa básica pode permanecer restritiva por mais tempo caso a economia permaneça aquecida e a inflação, elevada.
O Ibovespa B3 acentuou ganhos ao longo da tarde e se reaproximou do valor de 126 mil pontos no melhor momento do dia, em alta de 2%.
No fim desta sexta-feira, mostrava avanço de 1,36%, aos 125.034,63 pontos, tendo chegado no pico da sessão aos 125.821,53 pontos, embalado por forte desempenho das ações de primeira linha, as blue chips, como Vale (ON +1,46%) e Petrobras (ON +1,22%, PN +1,08%).
Entre os maiores bancos, os ganhos chegaram a 2,45% (Santander Unit) no fechamento. Na ponta ganhadora, Brava (+10,82%), Magazine Luiza (+10,55%) e Marcopolo (+6,18%). No lado oposto, Totvs (-1,93%), Embraer (-1,39%) e Fleury (-0,66%) – apenas nove dos 87 papéis da carteira Ibovespa fecharam o dia em baixa.
Na semana – a primeira de março e com apenas duas sessões e meia, contando a Quarta-feira de Cinzas -, o índice da B3 teve avanço de 1,82%, após perdas de 3,41% e de 0,85% nos intervalos precedentes. No ano, sobe 3,95%. O giro financeiro desta sexta-feira foi de R$ 20,6 bilhões.
“A possibilidade de cortes nos juros dos Estados Unidos impulsiona mercados emergentes, tornando ativos brasileiros mais atrativos: otimismo reforçado por dados do mercado de trabalho americano mais fracos do que o esperado para fevereiro, divulgados na manhã de hoje, que abrem espaço para um afrouxamento monetário pelo Federal Reserve”, diz Christian Iarussi, sócio da The Hill Capital, referindo-se à geração de 151 mil vagas nos Estados Unidos no mês passado – a estimativa de consenso era de 160 mil postos para fevereiro.
No Ibovespa B3, o desempenho desta sexta-feira foi favorecido também pela valorização das commodities, com efeito direto para papéis como Vale e Petrobras, de grande peso no índice. Uma conjunção positiva ao alívio observado na curva de juros doméstica, em dia de payroll comportado e condizente com rendimentos dos Treasuries em patamar potencialmente mais acomodado, observa Iarussi, destacando o desempenho das ações do ciclo doméstico, sensíveis a juros e ao ritmo de atividade interno.
“Os dados de emprego nos Estados Unidos vieram mais fracos do que a mediana das expectativas, e com ligeira elevação na taxa de desemprego. Uma parcela dos analistas volta a acreditar que o Fed possa cortar juros já em maio”, diz Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank, acrescentando que a possibilidade de retomada de cortes de juros nos Estados Unidos ainda em 2025 era vista, até então, com bastante ceticismo.
Por outro lado, a leitura de fevereiro “provavelmente aliviará as expectativas excessivamente pessimistas sobre a economia”, aponta em nota Lara Castleton, head de estratégia de portfólio dos EUA na Janus Henderson, destacando fatores como o crescimento da renda média, em cerca de 0,3% conforme esperado, e o avanço na geração de empregos no setor industrial – termômetros do consumo e do ritmo de atividade.
No Brasil, o destaque da agenda desta sexta-feira foi o PIB abaixo das expectativas para o último trimestre de 2024 – o que reforça a percepção de desaceleração da atividade, retirando pressão do BC quanto a futuros aumentos da Selic, avalia Iarussi, da The Hill Capital.
Dessa forma, o mercado amplia um pouco o otimismo em relação ao comportamento das ações no curtíssimo prazo, segundo o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. A previsão de alta para o Ibovespa na próxima semana tem fatia de 50% entre os participantes, acima dos 33,3% vistos na edição anterior. A parcela que espera variação neutra recuou de 33,3% para 16,6% e a que acredita em perdas manteve-se em 33,3%.
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Inflação ao consumidor da China fica negativa pela primeira vez em 13 meses
Porta dos Fundos retoma independência após saída da Paramount
Ex-presidente do Banco Central do Canadá é favorito para suceder Trudeau
Entenda novas regras para aumentar segurança no uso do Pix
Começar o dia com um café da manhã saudável está se tornando um luxo caro nos EUA; entenda