Ibovespa B3 avança com expectativa por dados dos EUA; dólar fecha em R$ 5,45

O Ibovespa B3 fechou esta quinta-feira (4) em alta de 0,89%, aos 141.108,34 pontos, sustentado pelo otimismo dos investidores e pelo desempenho expressivo de empresas ligadas ao consumo e ao transporte aéreo.

O índice recuperou parte das perdas recentes em meio à expectativa pela divulgação de dados cruciais da economia norte-americana.

Entre os destaques, Azul (AZUL4) disparou 17,95%, a R$ 0,92, impulsionada pela redução do preço do querosene de aviação e pelo maior apetite por risco no setor. Cogna (COGN3) também avançou com força, subindo 6,32%, enquanto Cosan (CSAN3) ganhou 5,78% e Raízen (RAIZ4) teve alta de 1,57%.

O movimento ajudou a compensar o enfraquecimento de alguns papéis defensivos e reforçou a leitura de uma sessão positiva.

Nos juros futuros, a Taxa DI de longo prazo permaneceu em 14,90%, enquanto o Índice DI de 04/09 marcou 51.855,99 pontos. O índice de volatilidade S&P/B3 VIX recuou 2,08%, para 15,08 pontos, em sinal de maior estabilidade em relação aos dias anteriores.

Dólar fecha em alta após relatório de empregos nos EUA

O dólar comercial terminou o dia cotado a R$ 5,4587 na venda, em leve alta, depois de oscilar ao longo da sessão. Pela manhã, a moeda chegou a perder força contra o real, reagindo ao relatório da ADP, que mostrou a criação de apenas 54 mil vagas no setor privado americano em agosto, bem abaixo das expectativas de 85 mil.

O dado reforçou as apostas de que o Federal Reserve pode iniciar o ciclo de cortes de juros já neste mês.

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Apesar do alívio inicial, a divisa voltou a se alinhar ao movimento global de valorização do dólar frente a outras moedas, sustentada por indicadores mistos nos EUA. Além da pesquisa da ADP, foram divulgados os pedidos semanais de auxílio-desemprego, que vieram acima das previsões, e o aumento do déficit comercial americano, para US$ 78,31 bilhões em julho. Esses números mantêm o mercado em compasso de espera pelo payroll oficial, previsto para esta sexta-feira (5).

No cenário internacional, investidores também monitoraram os discursos de dirigentes do Fed, a revisão para baixo do crescimento da economia alemã pelo instituto Ifo e as discussões em Paris entre autoridades americanas e europeias sobre a segurança da Ucrânia.

No Brasil, a expectativa se voltou para a divulgação da balança comercial de agosto, que deve trazer novos elementos para a leitura sobre o desempenho externo do país.

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Felipe Pjevac

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