Pesquisas mostram que os relacionamentos sociais fora da família são cruciais para manter uma vida feliz, saudável e longa. Mas, à medida que envelhecemos, cônjuges, filhos e pais idosos podem monopolizar o tempo que antes podíamos dedicar ao cultivo de amizades.
Menos de um terço dos adultos com idades entre 30 e 49 anos afirmam ter cinco ou mais amigos próximos, de acordo com uma pesquisa de 2023 do Pew Research Center. E em uma pesquisa de 2023 da Universidade de Michigan, 34% dos adultos entre 50 e 80 anos afirmam se sentir isolados.
Para fazer amigos na vida adulta, três fatores precisam se alinhar, disse a autora Mel Robbins em um episódio recente do podcast On Purpose de Jay Shetty.
Eles precisam morar ou trabalhar perto de você: “Quando você era pequeno, estava sempre perto de pessoas da sua idade”, disse Robbins.
A escola, os esportes em grupo ou a igreja faziam com que estivéssemos constantemente rodeados de pessoas da nossa faixa etária.
Hoje, mais da metade (58%) dos americanos não mora perto ou na sua cidade natal, de acordo com dados de 2018 do Pew Research Center. Muitas das amizades que tinham quando cresciam provavelmente são mais difíceis de manter.
Você precisa estar em uma fase semelhante da vida: “Todo mundo está em cronogramas diferentes”, disse Robbins. “Alguns dos seus amigos estão se casando. Alguns estão indo para a pós-graduação. Outros estão agora buscando empregos.” Encontrar amigos que estão passando pelos mesmos obstáculos e atingindo os mesmos marcos torna mais fácil a conexão.
Os valores deles precisam coincidir com os seus: “Você pode ter uma energia fantástica com alguém, mas, se decidir que não vai mais beber, a energia se perde,” disse Robbins. “Se você decidir focar muito em fitness, a energia se perde. Se você tiver crenças políticas muito diferentes, a energia se perde.”
Se você sente que alguém preenche esses requisitos, mas não consegue se conectar de forma significativa, pode ser porque não está fazendo as perguntas certas, disse Alison Wood Brooks, professora associada de administração de empresas na Harvard Business School e autora de “Talk: The Science of Conversation and the Art of Being Ourselves”, recentemente ao CNBC Make It.
“Se você está tentando conquistar um novo amigo, você realmente deveria se concentrar no que será recompensador para ele em ter você como amigo,” disse ela.
Descubra o que a outra pessoa gosta realmente de fazer e quais são suas limitações de tempo. Vamos supor que ela trabalhe mais tarde, então talvez não a convide para o happy hour. Se souber que ela vai a um mercado de agricultores semanalmente, pergunte se você pode acompanhá-la.
Nem todos os encontros precisam ser baseados em atividades. Parte de ser um amigo é apoiar e validar alguém que pode estar passando por dificuldades.
“Você pode perguntar: ‘O que você está lutando? Como posso ajudar?‘” diz Brooks. “Às vezes, eu acho que ter a mentalidade de ‘quero ser uma caixa de ressonância para outra pessoa’ também é incrivelmente útil para um amigo.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
