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Caso do estagiário demitido após vídeo em escritório: empresas devem deixar limites claros, diz especialista
Publicado 01/02/2025 • 07:01 | Atualizado há 7 meses
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Publicado 01/02/2025 • 07:01 | Atualizado há 7 meses
KEY POINTS
Angélica Madalosso é CEO e cofundadora da ILoveMyJob, hub de employer branding
Foto: Divulgação
Uma vídeo de um estagiário sozinho na sua empresa viralizou neste mês e, por causa das imagens, ele foi demitido. Raphael Pinheiro, o ex-estagiário, gravou um vídeo em diferentes ambientes do escritório. Ele joga videogame, solta um pum e dança no espaço.
Após publicar o vídeo nas redes sociais, ele rapidamente viralizou e chegou até o chefe de Raphael, que, ao tomar conhecimento do ocorrido, decidiu demiti-lo.
Apesar do tom de piada (Raphael também se apresenta como comediante nas redes sociais), o caso ilustra um desafio real enfrentado pelas empresas: como lidar com o comportamento de seus colaboradores nas redes sociais.
Para Angélica Madalosso, CEO da ILoveMyJob, empresa especializada em estratégias de employer branding, a cultura organizacional de uma empresa — que envolve seus valores, crenças e comportamentos — é essencial para garantir que os colaboradores compreendam o que é esperado deles.
“Se não houver um bom alinhamento de valores entre a empresa e seus colaboradores, pode ocorrer um distanciamento, como vimos no caso do estagiário”, afirma. Isso pode ser resultado de uma falha na comunicação ou de uma possível rebeldia por parte do funcionário.
Jovem grava vídeo tirando sarro da empresa em que estagia, é pego no pulo e DEMITIDO. pic.twitter.com/wHfXCrVW9n
— POPTime (@siteptbr) January 24, 2025
Para evitar situações como essa, a empresa deve ser clara sobre suas expectativas desde o início, principalmente com estagiários, que estão aprendendo não só a parte técnica, mas também o comportamento esperado no ambiente de trabalho.
Madalosso afirma que a comunicação eficaz é fundamental para que os colaboradores compreendam os limites entre o que é comportamento pessoal e o que é profissional. “As empresas devem usar recursos como vídeos, quizzes e trocas de experiências para explicar as regras de forma prática”, diz.
Ela também lembra que, especialmente com estagiários, é importante focar no aspecto comportamental, já que muitos deles estão no mercado de trabalho pela primeira vez.
O comportamento do estagiário, que postou o vídeo nas redes sociais, também levanta questões sobre a linha entre liberdade de expressão e as expectativas profissionais.
Madalosso diz que acredita que as empresas precisam entender que as redes sociais são um canal poderoso para os jovens questionarem padrões.
“Por isso, é importante que haja um bom diálogo entre líderes e colaboradores, onde o funcionário tenha espaço para se expressar, mas também entenda os limites do ambiente corporativo”, afirma.
Postagens e vídeos de colaboradores podem impactar a imagem da empresa, principalmente quando se tornam virais. Angélica compartilha um dado do Glassdoor, que aponta que 70% dos talentos consideram os colaboradores como os maiores responsáveis pela reputação de uma marca empregadora.
“Isso significa que as postagens nas redes sociais podem influenciar diretamente a percepção que o mercado tem da empresa”, diz. Para mitigar os riscos, é importante que as empresas mantenham uma comunicação constante com seus colaboradores e incentivem uma postura responsável nas redes sociais.
Madalosso reforça que, em empresas onde a cultura organizacional é bem definida e comunicada, os colaboradores tendem a ter um comportamento mais alinhado com os valores da empresa.
Ela sugere que as empresas invistam em treinamentos comportamentais, especialmente para os estagiários, e deem espaço para que os colaboradores se envolvam com a marca, criando uma relação de co-criação e autenticidade nas redes sociais.
“As empresas que oferecem esse espaço e diálogo constroem uma relação mais forte com seus colaboradores, gerando benefícios tanto para a imagem da empresa quanto para o crescimento profissional do colaborador”, finaliza.
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