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Brasil

Etanol de milho cresce 20% ao ano e faz do Brasil o segundo maior produtor mundial

Publicado 28/08/2025 • 06:30 | Atualizado há 13 horas

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Brasil produziu 36,8 bilhões de litros de etanol em 2024, alta de 4,4% em relação ao ano anterior.
  • Produção de etanol de milho deve atingir 10 bilhões de litros em 2025/2026, crescimento de 20% sobre o ciclo anterior.
  • Refinaria de Sinop (MT) processou 3,7 bilhões de litros em 2024, quase metade da produção nacional de etanol de milho.
Etanol de milho

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

Etanol de milho

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol de milho do mundo, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) e só em 2024 o país teve seu recorde na oferta de etanol do País, com 36,8 bilhões de litros produzidos – 4,4% mais que no ano anterior. 

A produção de etanol de milho segue em expansão, e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) projeta atingir 10 bilhões de litros na safra 2025/2026. O volume representa crescimento de 20% em relação ao ciclo anterior, que registrou 8,19 bilhões de litros.

Localizada em Sinop (MT), a maior refinaria de milho para etanol da América Latina é operada pela Inpasa. Em 2024, a unidade processou 3,7 bilhões de litros, volume que correspondeu a quase metade da produção nacional do biocombustível a partir do grão. Considerando todo o mercado de etanol, incluindo a cana-de-açúcar, a participação foi de 12%.

Esse número é obtido devido à riqueza na matéria-prima em território nacional, pois é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Ao longo da última década, a produção nacional avançou 40% e atualmente gira em torno de 130 milhões de toneladas, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O milho é uma boa opção para o produtor, pois pode ser armazenado, o que facilita o planejamento da produção, que é cultivado em até três safras e gera com produtos como a alimentação de animais, além de óleo e outros derivados.

Plantio, produção e distribuição

A planta da Inpasa gera 1 milhão de toneladas de Grãos Secos de Destilaria com Solúveis (DDGS) – proteína de alto valor agregado que substitui o farelo de soja na nutrição animal –, além de 105 mil toneladas de óleo e 804,1 GWh de bioeletricidade.

Quando o Inpasa, considerado um dos combustíveis mais sustentáveis do mundo por emitir até 90% menos CO₂ em comparação aos fósseis, chega à fábrica, passa por uma série de processos cuidadosamente monitorados. Entre eles:

  • Descarregar a matéria-prima;
  • Triturar o material;
  • Hidratar os grãos;
  • Adicionar leveduras para fermentação em dornas gigantescas;
  • Moer e, em seguida, separar o óleo por centrifugação, obtendo etanol anidro, etanol hidratado e DDGS.

Além disso, uma plataforma digital integra todas as operações, monitorando em tempo real os resíduos e sua destinação adequada. A biomassa é transformada em energia elétrica, consumida nas unidades, com o excedente inserido no Sistema Integrado Nacional (SIN). 

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Impacto na economia

A refinaria de Sinop conta com 1,2 mil trabalhadores. No país, o grupo soma 2,8 mil empregados distribuídos nas unidades de Nova Mutum (MT), Sidrolândia (MS), Dourados (MS) e Balsas (MA). Atualmente, uma nova planta está em construção em Luís Eduardo Magalhães (BA), com investimento de R$ 4,9 bilhões.

Desde sua instalação em 2018, a operação fortaleceu a produção regional de milho, uma vez que todo o grão utilizado na moagem é adquirido de agricultores locais. Para isso, as empresas adotam critérios sociais e ambientais e promove práticas sustentáveis nas áreas de cultivo.

Produção em peso

Antes da instalação da refinaria, grande parte do milho do norte de Mato Grosso era destinada à exportação, o que gerava desafios logísticos e limitava a expansão da segunda safra. Mato Grosso lidera a moagem de milho para etanol, com 12,5 milhões de toneladas, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O estado supera Mato Grosso do Sul (3,51 milhões) e Goiás (2,1 milhões). 

Já dados da União Nacional do Etanol de Milho (Unem) apontam que 10 das 24 biorrefinarias em operação no Brasil estão instaladas em território mato-grossense; outras 16 têm autorização para construção e 16 estão em fase de projeto. Em Sorriso, a FS processa 4,8 milhões de toneladas de milho, produzindo 2,3 bilhões de litros de etanol e 1,7 milhão de toneladas de DDGS. 

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