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Ex-CFO da Ambipar pede busca e apreensão de documentos com receio de que provas sejam destruídas

Publicado 25/10/2025 • 18:20 | Atualizado há 46 minutos

KEY POINTS

  • João Arruda, ex-CFO da Ambipar, entrou com ação cautelar de busca e apreensão alegando risco de que a empresa “desapareça com provas” que poderiam comprovar irregularidades na condução financeira e de governança da companhia.
  • O ex-diretor afirma que a Ambipar tenta transformá-lo em “bode expiatório” pela crise que levou à medida pré-recuperacional, e pede documentos que, segundo ele, demonstram que não teve participação nas decisões sobre o caixa nem na assinatura de aditivos com o Deutsche Bank.

O ex-diretor financeiro da Ambipar, João Arruda, ingressou na última quinta-feira (23) com uma ação cautelar pedindo busca e apreensão de documentos que estariam sob posse da companhia. A informação foi obtida com exclusividade pelo Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC. No pedido, o executivo afirma temer que a empresa “desapareça com provas” que, segundo ele, poderiam desmascarar tentativas de responsabilizá-lo pelo colapso da empresa, cuja dívida passa dos R$ 10 bilhões.

De acordo com a ação, Arruda alega que a Ambipar tenta transformá-lo em um “bode expiatório” para proteger os verdadeiros responsáveis pela crise que levou ao pedido de recuperação judicial da companhia, protocolada na última terça-feira.

O ex-CFO, que renunciou ao cargo em 19 de setembro, anexou à ação cautelar a carta de renúncia enviada ao Conselho de Administração e ao CEO da empresa. No documento, ele relata que atos relevantes vinham sendo conduzidos diretamente por Tércio Borlenghi Júnior e diretores próximos, sem transparência, incluindo reuniões com bancos e credores das quais não teria participado.

“Estou sendo surpreendido com questionamentos de bancos, agências de rating, mercado e mídia especializada sobre operações com FIDCs e negócios que você nunca minimamente me inteirou. Nem sei mais se a posição de caixa da companhia é sólida e se a liquidez é robusta”, afirmou na carta.

Segundo Arruda, a estrutura de FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) movimentaria valores na ordem de bilhões de reais. O ex-CFO afirma que tomou conhecimento dessa estrutura ao mesmo tempo que o mercado e que esse esquema — envolvendo o controlador Tércio Borlenghi Júnior e seu filho Guilherme Borlenghi — seria o fator que esvaziou o caixa da Ambipar, e não o contrato e o aditivo firmados com o Deutsche Bank, como teria sustentado a companhia.

Contradição

A ação também aponta uma contradição: ora, a Ambipar informa que tem R$ 4,7 bilhões em caixa e aplicações, atestada por auditorias externas; ora, alega que não teria recursos suficientes nem para cobrir uma chamada de margem de aproximadamente R$ 60 milhões feita pelo Deutsche Bank em uma operação de swap. Segundo Arruda, o episódio reforça a necessidade de comprovar quem de fato controlava o caixa, quem decidia sobre seu uso e como essas decisões eram comunicadas ao mercado.

Arruda também solicita a apresentação de documentos que comprovem que não foi o responsável pela assinatura do aditivo contratual com o Deutsche Bank e que a operação foi regular, resultando em melhoria das condições financeiras da Ambipar, redução de custos e ampliação da proteção cambial — medidas que, segundo ele, foram técnica e financeiramente benéficas à empresa.

Após a obtenção dos documentos, o ex-diretor pretende ajuizar ações criminal e cível — por denunciação caluniosa e reparação de danos — em razão dos ataques à sua honra, reputação profissional e trajetória no mercado financeiro.

Crise

A Ambipar entrou em recuperação judicial na segunda-feira (20), após meses de forte deterioração financeira e queda de mais de 30% nas ações. Fundada por Tércio Borlenghi Júnior, a empresa cresceu com uma série de aquisições internacionais, mas agora enfrenta pressões de credores e questionamentos sobre sua estrutura de governança.

Mesmo em crise, a companhia mantém contratos com grandes empresas, incluindo a Petrobras, com quem deve atuar em projetos de exploração na Margem Equatorial do Amazonas.

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