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CNBC Tarifas dos EUA sobre medicamentos podem prejudicar algumas farmacêuticas mais do que outras

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EXCLUSIVO CNBC: Lutnick diz que produtos não cultivados nos EUA podem ter tarifa zero e cita café

Publicado 29/07/2025 • 10:18 | Atualizado há 10 horas

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Redação CNBC

O secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que produtos que não são produzidos internamente pelos EUA poderiam entrar no país com tarifa zero.

Em entrevista à CNBC Internacional, Lutnick citou itens como manga e café, destacando: “Os Estados Unidos não produzem esses produtos. Então, poderiam entrar com tarifa zero”.

A declaração ocorreu no segundo dia de negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Segundo Lutnick, as conversas têm como foco a revisão de tarifas impostas anteriormente, que chegaram a 125% de ambos os lados.

Ele mencionou haver um esforço para substituir tarifas temporárias, como os 30% aplicados a produtos chineses e 10% a produtos norte-americanos, por medidas mais duradouras. A negociação com a União Europeia também foi abordada.

A autoridade também disse que o bloco europeu possui um superávit comercial de US$ 235 bilhões em relação aos EUA e que o objetivo americano é reequilibrar a balança, seja com tarifas, seja com o aumento das exportações norte-americanas.

“Ou eles equilibram vendendo mais nossos produtos, ou por meio de tarifas”, afirmou. Entre os setores discutidos com a UE, Lutnick citou a indústria farmacêutica. Segundo ele, produtos farmacêuticos ficaram de fora do acordo que estabeleceu tarifa de 15% para outros itens.

No entanto, afirmou que os EUA devem anunciar, nas próximas semanas, uma tarifa específica para esse setor.

“Provavelmente vai ser maior do que essa de 15%”, disse. A França foi criticada por Lutnick durante a entrevista. Ele mencionou que o presidente francês Emmanuel Macron não concordou com o acordo e sugeriu que fábricas farmacêuticas francesas poderiam ser transferidas para os Estados Unidos para escapar da tributação.

Enquanto isso, outros países europeus, segundo ele, apoiaram os termos negociados. A indústria automobilística também entrou na pauta.

O secretário disse que as tarifas para veículos europeus foram reduzidas de 27% para 15%, mas reforçou que a intenção do governo norte-americano é atrair fábricas para o território dos EUA.

“O presidente quer que elas se mudem para os Estados Unidos para evitar as tarifas”, declarou.

Sobre as Big Techs, Lutnick afirmou que a legislação europeia tem imposto restrições e acusações de monopólio a empresas norte-americanas.

Questionado se o tema entraria nas negociações comerciais, ele disse haver possibilidade. Lutnick também comentou que Donald Trump, então presidente dos EUA, está utilizando o poder da economia norte-americana para acelerar acordos e impor condições comerciais.

“O presidente quer resolver agora”, disse, ao destacar que muitos acordos desse tipo levariam décadas para serem implementados. Por fim, mencionou que produtos com subsídios europeus, já beneficiados por políticas internas do bloco, podem entrar na próxima fase das negociações.

Sobre a China, afirmou que o governo americano busca maior abertura para produtos dos EUA, com tarifas variando entre 35% e 50%. Ele concluiu dizendo que Trump está redesenhando as regras do comércio internacional.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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