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Faltando um mês para a COP30, Izabella Teixeira destaca desafios e oportunidades para o Brasil

Publicado 10/10/2025 • 13:18 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • Izabella Teixeira ressalta que sediar a conferência na Amazônia coloca o Brasil em papel central nas discussões globais sobre clima, envolvendo governos, setor privado e sociedade civil.
  • A ex-ministra alerta que o planeta já ultrapassou a barreira de 1,5°C de aquecimento, e a conferência deve focar em soluções concretas, não apenas em diplomacia

Com a COP30 marcada para novembro em Belém, a ex-ministra do Meio Ambiente e co-presidente do Painel Internacional de Recursos Naturais da ONU, Izabella Teixeira, concedeu entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, antecipando expectativas e desafios da cúpula climática.

Para Izabella, o Brasil terá papel central no debate global: “O Brasil aposta em trazer a maior conferência do mundo para a Amazônia, para que as pessoas tenham dimensão do desafio que é lidar com a segurança climática a partir da proteção da floresta tropical”, afirmou. Ela ressaltou que a COP será um momento de ação, envolvendo não apenas governos, mas também setor privado, sociedade civil e setor financeiro.

A ex-ministra destacou que a mudança climática já impacta o cotidiano: “É a primeira conferência que acontece com a natureza já tendo mudado um grau e meio. Ano passado, rompemos todos os meses essa barreira de aquecimento médio no planeta. Isso significa que a natureza mudou e precisamos acelerar soluções climáticas, e não apenas lidar com diplomacia”.

Segundo Izabella, o Brasil precisa reconstruir a confiança internacional: “Temos que reafirmar nosso compromisso em torno do Acordo de Paris, mas reconhecer a necessidade de mudar. O desafio é mostrar que podemos cuidar do país e, com isso, ajudar o mundo”. Ela também enfatizou a importância de mobilizar a sociedade: “A dona Maria, na Associação de Moradores, tem que sentar e discutir o que está acontecendo. Não é pelo medo, é pela capacidade de agir”.

A ex-ministra abordou ainda a relevância do desenvolvimento sustentável: “Substituir combustíveis fósseis por energias renováveis é falar de desenvolvimento e de poder político no mundo. Precisamos entender a matriz energética global e tomar decisões estratégicas sobre nosso futuro”.

Izabella concluiu destacando a importância da participação brasileira: “É uma grande oportunidade para o Brasil cuidar do Brasil e cuidar do mundo também. A COP em Belém não é apenas um evento, mas o início de um novo processo de decisões sobre o presente e o futuro do país”.

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