G20: Temas discutidos em evento no Brasil serão retomados no ano que vem, na África do Sul
Publicado 12/11/2024 • 14:40 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 12/11/2024 • 14:40 | Atualizado há 5 meses
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Funcionários instalam painel do G20 Brasil
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Nos dias 18 e 19 de novembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá os líderes mundiais na reunião de cúpula do G20, que acontecerá no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de Janeiro.
O embaixador Maurício Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores (MRE), afirmou que as dezenas de declarações ministeriais emitidas pelo bloco ao longo do ano já mostraram resultados concretos do encontro.
O Brasil vai transferir a presidência do G20 para a África do Sul, e segundo Lyrio, haverá uma continuidade de temas, pois ambos os países compartilham prioridades gerais “muito parecidas”, como a redução da desigualdade, a inclusão social e a reforma da governança global.
“É muito positivo, nesse aspecto, ser sucedido pela África do Sul, porque há uma convergência de visões entre os dois países, o que permite continuidade no projeto”, disse Lyrio.
Além disso, Lyrio mencionou que inovações institucionais iniciadas pelo Brasil, como a criação do G20 Social e a organização de uma reunião de chanceleres sobre a reforma da governança global na ONU, serão mantidas pela África do Sul. “Estamos felizes com essa continuidade e vemos a África do Sul como um excelente sucessor”, afirmou Lyrio após participar da conferência do T20, grupo de “think-tanks” dos países do G20, no Rio de Janeiro.
Lyrio destacou que, diferente de presidências anteriores do G20, como Índia e Indonésia, o Brasil conseguiu realizar declarações ministeriais sobre decisões específicas, como o lançamento da Aliança Global contra a Fome e a posição sobre a tributação dos super-ricos, todas independentes do documento final da cúpula por serem decisões tomadas na instância ministerial.
“Já temos um conjunto de decisões que resultaram em mais de 40 documentos ministeriais”, afirmou o embaixador.
Como exemplo, ele citou um documento aprovado na reunião de ministros de desenvolvimento em julho, que visa aumentar o acesso ao financiamento de infraestrutura de água e saneamento, em parceria com bancos multilaterais.
“O foco da presidência brasileira sempre foi o conjunto da obra. A declaração é importante, mas o essencial são as decisões práticas. Essa foi a orientação do presidente Lula: ‘Eu quero ações concretas’, e não apenas declarações. Por isso, o progresso já alcançado nas áreas em que houve resultados concretos é o que realmente importa”, concluiu Lyrio.