Gripe aviária: Brasil tem exportações de carne de aves suspensas por 21 países
Publicado 04/06/2025 • 16:54 | Atualizado há 2 dias
Publicado 04/06/2025 • 16:54 | Atualizado há 2 dias
KEY POINTS
Gripe aviária: Japão suspende importação de aves vivas do RS.
Divulgação: Agência Estadual de Notícias (AEN/PR).
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou nesta quarta-feira (4) para 21 o número de países que suspenderam completamente as importações de carne de aves do Brasil após a confirmação de um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
Além das suspensões totais, outros 13 países e um bloco econômico mantêm restrições específicas ao estado do Rio Grande do Sul. Há ainda quatro países que limitaram a suspensão ao município de origem do foco. A lista com restrições totais inclui China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Peru, Albânia, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Índia, Sri Lanka, Macedônia do Norte e Paquistão.
Leia mais:
As suspensões restritas ao estado envolvem países como Arábia Saudita, Kuwait, Reino Unido e Angola, além da União Econômica Euroasiática (formada por Rússia, Bielorrússia, Armênia e Quirguistão). Já os Emirados Árabes Unidos, Japão, Catar e Jordânia limitaram as medidas ao município de Montenegro.
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil deverá se autodeclarar livre do surto em aves comerciais no dia 18 de junho, após o cumprimento do prazo sanitário de 28 dias sem novos registros. O ministro destacou que o foco foi contido dentro da granja e que o protocolo adotado segue normas internacionais.
O governo também anunciou o envio de uma medida provisória à Casa Civil para liberar R$ 135 milhões destinados ao enfrentamento de quatro emergências sanitárias, incluindo a gripe aviária. O montante busca compensar o contingenciamento de 53% no orçamento do ministério, com previsão de restrição de 23% até o final do ano.
Segundo Fávaro, o sistema sanitário é baseado em um modelo tripartite com atuação integrada entre União, estados, municípios e setor privado. As medidas incluem biosseguridade nas granjas, restrições de acesso e modernização da infraestrutura produtiva.
As negociações com países importadores seguem em andamento. A União Europeia enviou questionamentos técnicos ao governo brasileiro, a China solicitou informações sobre plantas frigoríficas do Rio Grande do Sul, e o México demonstrou interesse em discutir o tema. Algumas nações, como Rússia e Kuwait, já reavaliaram suas medidas, restringindo as suspensões ao território gaúcho.
No mercado interno, levantamento do Cepea indicou queda média de 10% nos preços do frango. O ministro confirmou retração de 7% nos últimos dias, atribuída ao redirecionamento de parte da produção para o consumo doméstico. A estimativa do governo é que cerca de 70% da carne de aves produzida no Brasil permaneça no mercado interno.
O Mapa reiterou que o consumo de carne de aves e ovos segue seguro para a população e que continuará prestando informações técnicas aos países importadores.
Mais lidas
Do romance à amarga rivalidade — uma linha do tempo do relacionamento de Trump e Musk
“O monopólio nunca é bom para o consumidor”, diz CEO da Alphacode sobre a chegada de super apps de delivery ao Brasil
Elon Musk ameaça encerrar parceria com a Nasa após briga com Trump
Trump diz que Musk ficou "louco" e sugere encerrar contratos do governo com suas empresas
Lula celebra status sanitário e diz que agronegócio virou “principal negócio do Brasil”