O encarregado de negócios e embaixador interino dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, encontrou-se nesta quarta-feira (23) com o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, e o vice-presidente Fernando Azevedo, na sede do Ibram em Brasília.
A pauta central foi a participação de mineradoras brasileiras no mercado americano e o interesse norte-americano em firmar acordos com o setor mineral brasileiro, especialmente no campo de minerais críticos e estratégicos.
Escobar sugeriu que uma missão comercial de empresas brasileiras para os EUA ocorra entre setembro e outubro, considerando que agosto costuma ser período de férias para os americanos. Ele também demonstrou interesse em conhecer a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos, em elaboração pelo governo brasileiro, assim como iniciativas legislativas relacionadas.
De acordo com o Ibram, a proposta apresentada será encaminhada ao setor para discussão e possíveis desdobramentos. A proposta norte-americana se alinha ao esforço global de diversificação das cadeias de suprimentos dos EUA, visando reduzir dependência de mercados dominados por outros países.
Essa iniciativa ocorre em um momento em que o Brasil se fortalece como fornecedor estratégico de minerais críticos: o país lidera mundialmente em reservas de nióbio, está entre os principais em grafite, terras raras, níquel e lítio, e lançou fundo de R$ 5 bilhões para fomentar projetos nessa área.
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Nos EUA, Washington intensifica esforços para garantir acesso a esses recursos. Além do recém-nomeado responsável pela segurança das cadeias de minerais críticos na Casa Branca, há também uma iniciativa para fortalecer a Lei de Produção de Defesa, ampliando investimentos em minerais estratégicos para reduzir a dependência chinesa.
O encontro reforça o movimento crescente de cooperação Brasil–EUA no setor mineral. Em março, os dois países retomaram projetos de mapeamento e exploração de minerais críticos na região de Minas Gerais, Goiás, Rio Grande do Norte e Paraíba, com o apoio técnico da US Geological Survey e recursos da MSP.
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