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Inflação ao produtor cai em outubro, com alimentos liderando queda dos preços

Publicado 05/12/2025 • 11:01 | Atualizado há 18 minutos

KEY POINTS

  • IPP recua 0,48% em outubro, nono resultado negativo seguido; no ano, queda acumulada é de 4,33%.
  • Alimentos lidera a deflação industrial, com baixa de 1,47% no mês, -9,45% no ano e -5,94% em 12 meses, sendo a maior influência em todos os prazos.
  • Queda de preços em leite UHT, açúcar VHP e carnes bovina e de aves explica boa parte do movimento no setor de alimentos.
inflação dos alimentos

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inflação dos alimentos

O IPP (Índice de Preços ao Produtor) recuou 0,48% em outubro frente a setembro, segundo dados do IBGE. Foi o nono resultado negativo seguido, reflexo de um ambiente de custos mais baixos na porta de fábrica. No ano, a indústria acumula queda de 4,33% nos preços, e, em 12 meses, de 1,82%. Em outubro de 2024, o IPP havia subido 0,97% na comparação mensal.

A queda foi disseminada: 11 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas em outubro. As maiores variações individuais foram em outros produtos químicos (-2,00%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,89%), metalurgia (1,80%) e calçados e couro (-1,60%). Ainda assim, o principal motor do recuo do índice geral foi o setor de alimentos.

Alimentos puxa inflação baixo na margem, no ano e em 12 meses

O setor de alimentos foi o destaque na composição do IPP em outubro. Na comparação mensal, os preços caíram 1,47% frente a setembro, sexta queda seguida e o segundo recuo mais intenso do ano, atrás apenas de junho (-3,42%).

Essa baixa fez do segmento a maior influência negativa sobre o resultado da indústria. Sozinho, alimentos respondeu por -0,36 ponto percentual da variação de -0,48% do IPP em outubro. Outras influências relevantes foram outros produtos químicos (-0,16 p.p.), metalurgia (0,11 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (-0,09 p.p.).

No acumulado de 2025, os preços de alimentos na porta de fábrica caem 9,45%, revertendo o quadro observado em outubro de 2024, quando o setor acumulava alta de 9,56%. Em 12 meses, a queda é de 5,94%, o recuo mais intenso desde setembro de 2023.

Alimentos também lidera a influência em todos os horizontes analisados pelo IBGE:

  • -0,36 p.p. na variação mensal da indústria (-0,48%);
  • -2,43 p.p. no acumulado do ano (-4,33%);
  • -1,51 p.p. no acumulado em 12 meses (-1,82%).

Ou seja, o comportamento dos preços de alimentos é hoje o principal determinante da trajetória do IPP.

Leite, açúcar e carnes explicam boa parte da queda na inflação

Quatro produtos de alimentos responderam por -0,64 p.p. da variação de -1,47% do setor em outubro, todos com preços em queda, com exceção das carnes de aves congeladas. Entre os destaques, o IBGE cita:

  • Leite UHT/longa vida
  • Açúcar VHP
  • Carne e miudezas de aves congeladas
  • Carnes bovinas frescas e refrigeradas

A queda do açúcar está alinhada ao período de safra, que aumenta a oferta e pressiona preços para baixo. No caso do leite, o IBGE aponta maior captação de leite in natura, com reflexos no produto industrializado.

Já as carnes de aves tiveram alta de preços, apoiadas pela retomada de compras de alguns mercados externos, ainda sem o acompanhamento da China. Nas carnes bovinas frescas e refrigeradas, os preços menores foram atribuídos à combinação de demanda mais fraca e descontos comerciais pontuais.

O comportamento desse conjunto de produtos ajuda a explicar por que o segmento de alimentos tem puxado a deflação industrial e ganhado peso na leitura do IPP.

Indústria geral tem segundo menor acumulado em outubro desde 2014

Com a queda de 0,48% em outubro, o IPP acumula -4,33% no ano, o segundo menor resultado para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 2014. Em 2024, a taxa acumulada no mesmo período era de 6,49%.

Entre as atividades com maiores variações no acumulado do ano, além de alimentos (-9,45%), aparecem:

  • Indústrias extrativas: -14,14%
  • Impressão: 12,24%
  • Metalurgia: -9,78%
  • Madeira: -9,50%

Nas influências sobre o índice agregado em 2025, destacam-se:

  • Alimentos: -2,43 p.p.
  • Indústrias extrativas: -0,68 p.p.
  • Metalurgia: -0,68 p.p.
  • Refino de petróleo e biocombustíveis: -0,54 p.p.

Em 12 meses, o recuo de 1,82% do IPP é explicado principalmente por alimentos (-1,51 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,38 p.p.), indústrias extrativas (-0,36 p.p.) e veículos automotores (0,25 p.p., influência positiva).

Bens intermediários concentram queda, com peso da cadeia de alimentos

Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários — que incluem insumos usados pela própria indústria, muitos deles ligados à cadeia de alimentos — tiveram queda de 0,65% em outubro e respondem pela maior parte da variação negativa do IPP.

Veja o desempenho em outubro:

  • Bens de capital: +0,19%
  • Bens intermediários: -0,65%
  • Bens de consumo: -0,38%
    • Duráveis: +0,06%
    • Semiduráveis e não duráveis: -0,46%

Com peso de 53,74% na composição do índice de inflação, os bens intermediários responderam por -0,35 p.p. da queda de -0,48% na indústria geral. Bens de consumo influenciaram em -0,14 p.p., enquanto bens de capital tiveram contribuição levemente positiva de 0,01 p.p.

Na prática, isso indica que o alívio de preços está concentrado na etapa intermediária da produção, o que pode aliviar custos de empresas ao longo da cadeia e, potencialmente, reduzir pressões futuras sobre a inflação ao consumidor — especialmente no grupo de alimentos.

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