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Inflação ao produtor cai em outubro, com alimentos liderando queda dos preços
Publicado 05/12/2025 • 11:01 | Atualizado há 18 minutos
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Publicado 05/12/2025 • 11:01 | Atualizado há 18 minutos
KEY POINTS
IGP-M Inflação do aluguel avança em novembro, mas recua no acumulado de 12 meses
inflação dos alimentos
O IPP (Índice de Preços ao Produtor) recuou 0,48% em outubro frente a setembro, segundo dados do IBGE. Foi o nono resultado negativo seguido, reflexo de um ambiente de custos mais baixos na porta de fábrica. No ano, a indústria acumula queda de 4,33% nos preços, e, em 12 meses, de 1,82%. Em outubro de 2024, o IPP havia subido 0,97% na comparação mensal.
A queda foi disseminada: 11 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações negativas em outubro. As maiores variações individuais foram em outros produtos químicos (-2,00%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-1,89%), metalurgia (1,80%) e calçados e couro (-1,60%). Ainda assim, o principal motor do recuo do índice geral foi o setor de alimentos.
O setor de alimentos foi o destaque na composição do IPP em outubro. Na comparação mensal, os preços caíram 1,47% frente a setembro, sexta queda seguida e o segundo recuo mais intenso do ano, atrás apenas de junho (-3,42%).
Essa baixa fez do segmento a maior influência negativa sobre o resultado da indústria. Sozinho, alimentos respondeu por -0,36 ponto percentual da variação de -0,48% do IPP em outubro. Outras influências relevantes foram outros produtos químicos (-0,16 p.p.), metalurgia (0,11 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (-0,09 p.p.).
No acumulado de 2025, os preços de alimentos na porta de fábrica caem 9,45%, revertendo o quadro observado em outubro de 2024, quando o setor acumulava alta de 9,56%. Em 12 meses, a queda é de 5,94%, o recuo mais intenso desde setembro de 2023.
Alimentos também lidera a influência em todos os horizontes analisados pelo IBGE:
Ou seja, o comportamento dos preços de alimentos é hoje o principal determinante da trajetória do IPP.
Quatro produtos de alimentos responderam por -0,64 p.p. da variação de -1,47% do setor em outubro, todos com preços em queda, com exceção das carnes de aves congeladas. Entre os destaques, o IBGE cita:
A queda do açúcar está alinhada ao período de safra, que aumenta a oferta e pressiona preços para baixo. No caso do leite, o IBGE aponta maior captação de leite in natura, com reflexos no produto industrializado.
Já as carnes de aves tiveram alta de preços, apoiadas pela retomada de compras de alguns mercados externos, ainda sem o acompanhamento da China. Nas carnes bovinas frescas e refrigeradas, os preços menores foram atribuídos à combinação de demanda mais fraca e descontos comerciais pontuais.
O comportamento desse conjunto de produtos ajuda a explicar por que o segmento de alimentos tem puxado a deflação industrial e ganhado peso na leitura do IPP.
Com a queda de 0,48% em outubro, o IPP acumula -4,33% no ano, o segundo menor resultado para um mês de outubro desde o início da série histórica, em 2014. Em 2024, a taxa acumulada no mesmo período era de 6,49%.
Entre as atividades com maiores variações no acumulado do ano, além de alimentos (-9,45%), aparecem:
Nas influências sobre o índice agregado em 2025, destacam-se:
Em 12 meses, o recuo de 1,82% do IPP é explicado principalmente por alimentos (-1,51 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,38 p.p.), indústrias extrativas (-0,36 p.p.) e veículos automotores (0,25 p.p., influência positiva).
Entre as grandes categorias econômicas, os bens intermediários — que incluem insumos usados pela própria indústria, muitos deles ligados à cadeia de alimentos — tiveram queda de 0,65% em outubro e respondem pela maior parte da variação negativa do IPP.
Veja o desempenho em outubro:
Com peso de 53,74% na composição do índice de inflação, os bens intermediários responderam por -0,35 p.p. da queda de -0,48% na indústria geral. Bens de consumo influenciaram em -0,14 p.p., enquanto bens de capital tiveram contribuição levemente positiva de 0,01 p.p.
Na prática, isso indica que o alívio de preços está concentrado na etapa intermediária da produção, o que pode aliviar custos de empresas ao longo da cadeia e, potencialmente, reduzir pressões futuras sobre a inflação ao consumidor — especialmente no grupo de alimentos.
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