Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Inflação em julho fica abaixo do esperado com queda nos alimentos e alta da energia elétrica
Publicado 12/08/2025 • 21:05 | Atualizado há 16 horas
Casa Branca reduz expectativas para cúpula entre Trump e Putin
Games e IA expandem receita trimestral da gigante chinesa Tencent
Sphere de Las Vegas vende 120 mil ingressos para sessões ‘revolucionárias’ de ‘O Mágico de Oz’
Aaron Rodgers, da NFL, aposta em startup para criar o “LinkedIn dos atletas”
Candidatos ao Fed, Miran e Bullard dizem que tarifas de Trump não causam inflação
Publicado 12/08/2025 • 21:05 | Atualizado há 16 horas
KEY POINTS
Pexels
A inflação em julho registrou aumento de 0,26%, abaixo da projeção do mercado, que era de 0,36%, aponta o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse resultado ficou também inferior ao observado em julho de 2024, quando a taxa foi de 0,38%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice desacelerou para 5,23%. Um ano antes, o IPCA acumulado era menor, alcançando 4,24% no mesmo período, conforme dados do IBGE.
Os preços dos alimentos tiveram nova redução, enquanto a energia elétrica residencial voltou a pressionar o índice, com alta de 3,04% em julho. Esse aumento representou impacto de 0,12 ponto percentual no IPCA do mês, quase metade do total. No acumulado do ano, a energia elétrica subiu 10,18%, a maior elevação desde 2018, e responde por 0,39 ponto percentual da inflação de 2025 — cerca de 12% do índice projetado para o ano, que soma 3,26%.
Com a divulgação dos dados nesta terça-feira (12), o mercado intensificou as revisões nas estimativas de inflação para o ano. O Boletim Focus mais recente aponta 5,05% para o IPCA de 2025, na décima primeira redução consecutiva. A XP também revisou para baixo sua previsão, passando de 5% para 4,8%. “As surpresas baixistas foram observadas em todos os grupos de preços livres, com destaques positivos em bens industrializados e alimentos”, afirmou o economista Alexandre Maluf. Segundo ele, “no geral, a leitura foi alvissareira, com os principais núcleos de inflação mantendo trajetória de desaceleração”, conforme Agência DC News.
Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, avaliou que pressões pontuais, como a da energia, continuam afetando o IPCA. Ele ressaltou: “, mesmo em um cenário ainda contido para o núcleo da inflação”. Para Lima, a nova expectativa para o ano “deixa claro que o mercado ainda aposta na convergência da inflação à meta, mas com atenção redobrada a choques de oferta ou reajustes tarifários”.
Claudio Pires, sócio-diretor da MAG Investimentos, destacou a queda dos combustíveis para veículos: gasolina (-0,51%), diesel (-0,59%) e etanol (-1,68%), além do recuo em vestuário (-0,54%). Em contrapartida, apontou os aumentos de energia elétrica e das passagens aéreas (19,92%, com impacto de 0,10 ponto). “O resultado de hoje, abaixo do esperado e com uma abertura qualitativa positiva, deve favorecer revisões para baixo nas expectativas de inflação de 2025”, disse Pires.
Entre as 16 regiões pesquisadas, cinco apresentaram deflação em julho: Campo Grande (-0,19%), Rio Branco (-0,15%), Goiânia (-0,14%), Belém (-0,04%) e São Luís (-0,02%). Campo Grande também teve recuo de 1,39% na energia elétrica. Já São Paulo, responsável por 32,28% do índice nacional, registrou a maior alta mensal da conta de luz, com 10,56%, depois de reajuste aplicado pela Enel. A região metropolitana de São Paulo teve alta de 0,46% no IPCA do mês, seguida por Porto Alegre (0,41%), Curitiba (0,33%), Recife (0,32%) e Aracaju (0,28%).
No grupo Habitação, o avanço foi de 0,91% em julho, puxado pelo aumento da energia elétrica. As tarifas de água e esgoto subiram 0,13%, após reajustes em Brasília, Rio Branco e Salvador. O grupo Despesas Pessoais ficou com a segunda maior elevação (0,76%), impactado principalmente pelo reajuste em jogos de azar (11,17%, com contribuição de 0,05 ponto).
No segmento de Alimentação e Bebidas, houve redução pelo segundo mês seguido: -0,18% em junho e -0,27% em julho. A alimentação no domicílio recuou 0,69%, influenciada por baixas em batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Já comer fora ficou mais caro, com alta de 0,87% na alimentação fora do domicílio, frente a 0,46% em junho. O lanche subiu 1,90% e a refeição, 0,44%.
Leia também:
Preços dos alimentos caem pelo segundo mês consecutivo; tarifaço ainda não impacta
O economista José Alfaix, da Rio Bravo, avaliou que os alimentos in natura foram o principal destaque do mês, ajudando um “resiliente processo de desinflação”. Ele também apontou que o aumento da energia elétrica, “devido à época mais seca do ano”, veio abaixo do esperado. Alfaix acrescentou: “A média dos cinco núcleos de inflação segue apresentando melhora. Desacelerou de 0,29% em junho para 0,27% em julho, com três de seus componentes recuando na margem”.
Jorge Kotz, CEO do Grupo X, observou que o IPCA de julho “mostra uma inflação ainda sensível a choques de custo, mesmo com desaceleração no acumulado de 12 meses”. Ele afirmou que setores com alto consumo de energia devem enfrentar pressão nas margens e no capital de giro.
Richard Ionescu, CEO do Grupo IOX, avaliou que a economia está em “ponto de estabilidade”, mas que os juros seguem elevados. Para ele, “esse cenário mantém a demanda por soluções de crédito fora do sistema bancário tradicional, especialmente em setores que precisam de capital rápido para financiar expansão e operações de maior escala”.
Entre janeiro e julho de 2025, os principais aumentos de preços foram registrados em café (+41,46%), jogos de azar (+11,17%), energia elétrica residencial (+10,18%) e lanche fora do domicílio (+6,78%). As maiores quedas ocorreram no arroz (-16,94%), passagens aéreas (-13,58%), batata-inglesa (-13%) e carnes (-0,95%).
__
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
Oxxo, Kalunga e Rede 28 são citadas em inquérito de corrupção que prendeu dono da Ultrafarma
'Por que demorou tanto?', questionam CEOs e empresários do setor farmacêutico sobre prisão de Sidney Oliveira
ChatGPT-5: expectativas, frustrações e o que muda no uso da IA
Banco Pine tem lucro de R$ 83 milhões e ROE de 29% no segundo trimestre
Preços dos alimentos seguem altos nos EUA — e podem subir ainda mais com novas tarifas