A abertura da investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil gerou apreensão no setor de comércio eletrônico. Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, Fernando Mansano, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), explicou.
“O PIX não tem a taxa para o consumidor, mas as empresas de pagamento e as lojas virtuais têm um custo, um percentual ou valor fixo que é cobrado para as plataformas de meio de pagamento”.
E continuou. “Quando os EUA enxergam que o PIX ultrapassa o cartão de crédito como principal meio de pagamento, para eles isso está virando uma ameaça, porque o cartão de crédito sempre foi muito predominante, e as bandeiras principais não são brasileiras”, afirmou.
Sobre o impacto na economia, o executivo afirmou que “está prejudicando os dois lados, seja quem está comprando o nosso produto, ou quem está aqui no Brasil”. O resultado é que “afeta toda a cadeia produtiva, desde a compra de insumos até o produto final que vai ser exportado, e toda essa situação gera uma insegurança muito grande para o comércio eletrônico brasileiro”, explica.
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Apesar do cenário, o presidente da ABComm garantiu que ainda não houve sinal de paralisação nos investimentos. “Mesmo assim, o empresário fica cauteloso, porque se ele prevê uma diminuição nas vendas, naturalmente vai precisar adequar sua operação para um volume de pedidos menor. Isso pode impactar até na empregabilidade.”
A ABComm tem mantido diálogo com o Governo Federal. “Já está previsto uma conversa com o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços nas próximas semanas, e estamos acompanhando toda essa situação de perto. Esperamos que não seja necessária essa imposição no dia 1º de agosto, apostamos no diálogo para que as partes possam chegar a um consenso e o comércio eletrônico brasileiro não seja prejudicado”, concluiu Mansano.
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