O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência na noite desta quarta-feira (9) para discutir a resposta do governo brasileiro ao anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que aplicará uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil a partir de 1º de agosto.
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A informação foi revelada pelo repórter Eduardo Gayer, que acompanha os bastidores da reunião no Palácio do Planalto. Segundo ele, participam do encontro o vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o Ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Resposta e risco de Inflação
A medida adotada por Trump, anunciada nesta noite, pegou o governo de surpresa e não estava prevista na agenda oficial da Presidência. De acordo com fontes com conhecimento direto das discussões, o governo brasileiro avalia três alternativas principais de resposta:
- A adoção de uma tarifa equivalente de 50% sobre as importações americanas, com base no princípio da reciprocidade;
- A implementação de uma tarifa intermediária, em torno de 25%;
- Ou a manutenção de uma postura diplomática, com foco no diálogo bilateral.
Segundo Gayer, há preocupação com o impacto de uma retaliação direta sobre a inflação, que atualmente está acima da meta e tem pressionado a popularidade do presidente. O ministro Fernando Haddad tem papel central nas negociações, considerando o cenário de juros elevados — atualmente em 15% — e os efeitos econômicos de um eventual agravamento da guerra comercial.
O anúncio de Trump marca uma escalada inesperada nas tensões entre os dois países. Embora o presidente americano já tivesse sinalizado anteriormente a possibilidade de impor sanções, a alíquota de 50% foi recebida com surpresa por analistas e integrantes do governo brasileiro.
A expectativa é de que um comunicado oficial sobre o posicionamento do Brasil seja divulgado nas próximas horas.
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