O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou neste domingo (13) uma reunião com autoridades do governo para discutir o decreto da Lei de Reciprocidade Econômica.
No Palácio da Alvorada se reuniram o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o líder do governo no Senado, Jacques Wagner, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi o último a chegar.
Segundo apuração da repórter Fernanda Sette, do Times Brasil — licenciado exclusivo da CNBC —, as autoridades acessaram o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República em Brasília, pelo portão lateral.
O decreto que regulamentará a Lei da Reciprocidade Econômica, já aprovada pelo Congresso Nacional, que foi o tema da reunião, está previsto para ser publicado até terça-feira (14).
A reunião, que não foi divulgada à imprensa, acabou por volta das 21h, porém Alckmin, Haddad e Gleisi permaneceram no Palácio da Alvorada, mesmo após a saída das outras autoridades. Após cerca de 50 minutos, os três também deixaram o local.
Entenda como funciona a Lei da Reciprocidade Econômica
A norma permite que o governo brasileiro adote medidas de retaliação contra países ou blocos que impuserem barreiras comerciais aos produtos do Brasil. O objetivo é garantir condições justas de concorrência no comércio internacional.
Vice-presidente confirma publicação de lei nos próximos dias
O vice-presidente Geraldo Alckmin participou, na manhã deste domingo (13), da inauguração de um viaduto em Francisco Morato, na Grande São Paulo, e conversou com jornalistas após o evento. Ele confirmou que o governo deve publicar o decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade até terça-feira.
“A lei permite não apenas medidas tarifárias, mas também ações não tarifárias”, explicou Alckmin. A norma autoriza o Brasil a adotar medidas equivalentes às aplicadas por outros países contra produtos brasileiros. “O que tarifar lá, tarifa aqui”, resumiu o vice-presidente.
Presidente Lula mandou indireta a Trump nas redes sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vídeo divulgado nas redes sociais neste domingo (13).
Lula disse que vai levar jabuticabas ao presidente dos Estados Unidos porque quem come a fruta não fica de “mau-humor” e “não precisa de briga tarifária”. Lula deu ainda um aceno à diplomacia entre os dois países.
“Eu vim chupar jabuticaba de manhã, porque duvido que alguém que chupe jabuticaba fique de mau humor. Vou levar jabuticaba pra você, Trump, e você vai perceber que o cara que come jabuticaba de manhã, num país que só ele dá, não precisa de briga tarifária, precisa de muita união e muita relação diplomática”, afirmou Lula em tom de ironia.
A publicação foi feita nas redes sociais da primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja. O post foi acompanhado do texto: “Duas coisas genuinamente brasileiras: jabuticaba e presidente Lula!”.
Ela também usou a hashtag que tem sido difundida na comunicação do governo: #BrasilSoberano.
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