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Exclusivo: nova polêmica na família Marabraz; Justiça bloqueia bens em disputa milionária

Publicado 17/12/2024 • 13:15

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A questão judicial envolvendo a família Fares, dona do grupo varejista Marabraz, teve mais um desdobramento.
  • A Justiça determinou o bloqueio imediato dos bens e cotas da empresa, após acusações de gestão irregular e consumo excessivo do patrimônio por herdeiros.
  • Desta forma, Nader e Abdul - que são primos - ficam proibidos de vender os imóveis da Marabraz, adquiridos com recursos das lojas.
Jamel (64), um dos sócios-fundadores da Marabraz, posa ao lado do filho, Abdul Fares (40).

Jamel (64), um dos sócios-fundadores da Marabraz, posa ao lado do filho, Abdul Fares (40).

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Com exclusividade, a decisão judicial divulgada nesta terça-feira (17) revela um novo capítulo na disputa milionária da família Fares, fundadora das Lojas Marabraz. Os irmãos Nasser e Jamel Fares acusam seus próprios filhos de gestão irresponsável e gastos desenfreados, pedindo o bloqueio imediato dos bens e cotas da holding LP Administradora de Bens Ltda. A holding concentra os bens imóveis da família, avaliados em alguns bilhões de reais. O documento, obtido em primeira mão, expõe o racha familiar e os bastidores de um negócio que agora está sob intensa investigação.

O que diz a decisão da juíza

Em documento, a juíza Andréa Galhardo Palma, da 2ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos relacionados à Arbitragem, do Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou a retomada do controle da empresa, cujas cotas foram “doadas” aos herdeiros e bloqueou os bens administrados pela LP.

“Em outras palavras, Nasser, Jamel e Adiel transferiram fiduciariamente (ou se assim se preferir, simuladamente) as quotas da LP Administradora para os seus filhos, com o pacto expresso (embora não escrito) de que os pais continuariam a exercer o controle daquela sociedade patrimonial e de que os filhos deveriam lhes restituir as quotas quando assim lhes fosse determinado (em outras palavras, com o pacto reciprocamente aceito de que os verdadeiros donos são os pais, e não os filhos)”, escreve Palma.

Ainda de acordo com a decisão, os primos Nader e Abdul estão limitados à retirada de pró labore da companhia. Ou seja, não podem dispor de valores arrecadados com aluguéis de imóveis do grupo ou vender suas ações ou propriedades que estejam em nome da administradora.

“Mantenho a realização da administração ordinária da empresa por Nader e Abdul, que não implique alienação de bens, incluindo-se aí, por óbvio a utilização de gastos extraordinários para fins pessoais dos sócios (mantido pró labore fixado em contrato social, se houver) até final do processo, sob pena de intervenção judicial”, diz o texto.

Entenda o caso que envolve a família Marabraz

A disputa judicial entre os membros da família Fares, fundadora das Lojas Marabraz, ganhou novos contornos recentemente. Abdul Fares, de 40 anos, havia iniciado uma ação para interditar seu pai, Jamel Fares, de 64 anos, alegando problemas de saúde que comprometem sua capacidade de gestão. 

Em resposta, Jamel moveu uma queixa-crime contra o filho, acusando-o de falsidade ideológica e qualificando-o como “ingrato e parasita”. No entanto, após a repercussão pública do caso, ambos decidiram retirar as ações judiciais mútuas. Pai e filho chegaram a posar juntos para uma foto lendo o jornal que noticiou o conflito, indicando uma possível reconciliação.

Apesar da desistência das ações, o Ministério Público e a Justiça da Bahia podem continuar investigando o caso, especialmente se forem comprovadas irregularidades processuais, como a apresentação de documentos falsos sobre o domicílio de Abdul na comarca baiana. A situação expõe as complexas dinâmicas familiares e empresariais dentro de um dos maiores grupos varejistas do país.

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