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Após criticar Lula e em meio a troca de farpas com ministros, Tarcísio encontra Bolsonaro em churrascaria
Publicado 10/07/2025 • 16:00 | Atualizado há 3 horas
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Publicado 10/07/2025 • 16:00 | Atualizado há 3 horas
KEY POINTS
Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Foto: RAUL LUCIANO/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e ministros do governo Lula trocaram farpas nesta quinta-feira (10), após o anúncio da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governador “errou muito” ao responsabilizar o governo brasileiro pela tarifa anunciada por Trump. “Ou uma pessoa é candidata a presidente ou é candidata a vassalo, e não há espaço no Brasil para vassalagem”, disse o ministro.
Para Haddad, o anúncio de Trump representa um golpe contra a soberania nacional, articulado por “forças extremistas” de dentro do País. Segundo o ministro, entretanto, a direita vai ter que reconhecer mais cedo ou mais tarde que deu um “enorme tiro no pé”, já que a medida prejudica exportações de empresas e produtores do Estado de São Paulo, governado pelo aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Tarcísio rebateu a declaração, afirmando que Haddad “deveria cuidar da economia”. “Se estivesse cuidando, talvez o Brasil estivesse indo melhor”, disse o governador. “A gente tem um problema fiscal sério. Então, cabe a ele falar menos e trabalhar mais.”
Mais tarde, postou o em seu perfil na sua rede social X o encontro que teve com o ex-presidente Bolsonaro em uma churrascaria em Brasília.
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também criticou Tarcísio pelo posicionamento sobre a tarifa e reforçou o prejuízo para o Estado. “Lamento que o governador de São Paulo defenda uma tarifa de 50%, imposta pelo governo dos EUA, que, a partir de 1º de agosto, penalizará a indústria e a agroindústria paulista, em vez de defender a população do seu Estado e do Brasil como nação”, disse Rui Costa, em publicação no X nesta quinta.
O governador de São Paulo não defendeu explicitamente a tarifa imposta por Trump, mas culpou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela medida.
“Lula colocou sua ideologia acima da economia, e esse é o resultado. Tiveram tempo para prestigiar ditaduras, defender a censura e agredir o maior investidor direto no Brasil. Outros países buscaram a negociação. Não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa. Narrativas não resolverão o problema”, afirmou Tarcísio nas redes sociais na noite de quarta.
Rui Costa disse, ainda, que “é curioso” o fato de Tarcísio “liderar a maior economia do País e, ao mesmo tempo, apoiar medidas que encarecem produtos e prejudicam a economia nacional”. Para o ministro da Casa Civil, “a atitude do presidente Trump mina a competitividade dos produtos que sustentam milhares de empregos em São Paulo”, Estado governado por Tarcísio.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) reafirmou o compromisso com a soberania do Brasil em comunicado oficial, assinado por seu presidente, Josué Gomes da Silva. Embora reconheça os prejuízos causados à indústria nacional pelas tarifas impostas de forma unilateral pelos Estados Unidos, a entidade destacou que a autonomia do país é um valor inegociável.
“Este é um princípio balizador. Negociar com serenidade, a partir de fatos e estatísticas verdadeiras, é de interesse comum às empresas brasileiras e americanas, que sempre foram bem-vindas ao Brasil. A livre atuação das empresas americanas, como de qualquer empresa nacional ou de outro país, deverá ser assegurada nos termos da legislação brasileira. É importante lembrar que os EUA têm relevante superávit com o Brasil não só na balança comercial, mas, ainda maior, também na balança de serviços”, diz um trecho da nota.
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP) classificou como “inadmissível” a decisão de Trump e ressaltou que ela fere os “princípios elementares” do comércio internacional e penaliza empresas comprometidas com o crescimento econômico do país.
Como as demais, a entidade do setor de comércio e serviços apelou para a necessidade de diálogo entre os dois países.
“A FecomercioSP considera inadmissível que decisões estratégicas e de alto impacto sejam tomadas à margem do diálogo diplomático e da construção de consensos. A ruptura de pontes comerciais não apenas compromete as cadeias produtivas, como também deteriora o ambiente de confiança entre nações e a disposição das empresas para investir, gerar valor e ampliar trocas no mercado internacional”.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) apontou o que seria a “falta de assertividade e visão da diplomacia brasileira em antecipar e negociar medidas que afetam diretamente setores estratégicos da economia nacional”, sem criticar a postura unilateral dos Estados Unidos.
“Há espaço para que o governo consiga se articular, por meio do seu corpo diplomático, de técnicos de ministérios estratégicos, como da Agricultura e Agropecuária e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e executivos de empresas que tenham forte representação no território nacional. Entendo que o confronto levará a prejuízos incalculáveis para a Nação”, completou a nota da entidade.
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