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Para Alckmin, reunião entre Lula e Trump destrava negociações sobre tarifas e investimentos
Publicado 27/10/2025 • 17:50 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 27/10/2025 • 17:50 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcou um avanço significativo na retomada das relações bilaterais, segundo o presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. A reunião ocorreu no domingo (26), em Kuala Lumpur, na Malásia, e foi o primeiro contato direto entre os dois líderes desde o retorno de Trump à Casa Branca.
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Alckmin classificou a conversa como o “passo mais importante” rumo à reaproximação entre os países e afirmou que o gesto político abriu espaço para acelerar as negociações sobre tarifas, investimentos e cooperação econômica. “O passo político foi dado com brilho e louvor. Agora é hora de avançar no lado técnico e estabelecer a pauta de trabalho”, declarou o vice-presidente, em entrevista na portaria da Vice-Presidência, em Brasília.
A principal demanda do governo brasileiro é o fim da sobretaxa de 40% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos nacionais desde agosto. Alckmin classificou a medida como “inadequada” e reforçou a necessidade de uma solução rápida. “Essas tarifas de 10%, impostas em abril, somadas às de 40% aplicadas no fim de julho, são totalmente desproporcionais. A tarifa média do Brasil para os Estados Unidos é de apenas 2,7%”, afirmou.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, cerca de 34% dos US$ 40 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA no último ano foram atingidos pelas sobretaxas. O percentual havia sido divulgado inicialmente em 35,9%, mas foi revisado levemente para baixo.
O governo trabalha agora em duas frentes: solicitar a suspensão temporária das tarifas enquanto as negociações avançam e ampliar a lista de produtos isentos. Entre os itens que o Brasil tenta incluir está o café, atualmente sujeito a uma taxa de até 50%.
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Alckmin destacou que o apoio do setor privado estadunidense pode ser decisivo para derrubar o tarifaço. “O governo fez um pedido específico, mas as empresas americanas também têm interesse em exportar para o Brasil, assim como as brasileiras têm grande interesse em vender para os Estados Unidos. A participação do setor privado é fundamental para a solução do problema”, afirmou.
O vice-presidente coordena o grupo responsável pelas negociações com Washington, junto com os ministros das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e da Fazenda, Fernando Haddad. A expectativa é que equipes técnicas dos dois países se encontrem nas próximas semanas para discutir as medidas.
Durante viagem ao Japão, Trump descreveu a conversa com Lula como “muito boa”, mas evitou prometer o fim imediato das tarifas. “Não sei se alguma coisa vai acontecer, mas veremos. Eles gostariam de fazer um acordo”, disse o presidente estadunidense. Lula, por sua vez, declarou que Brasil e Estados Unidos devem “fazer um bom acordo” nas próximas rodadas.

Além das tarifas, Alckmin destacou que os dois governos discutem temas ligados à inovação e infraestrutura digital, como a instalação de datacenters no Brasil e a atração de investimentos em energia renovável. O vice-presidente voltou a defender a aprovação da medida provisória dos datacenters, editada em setembro, que estabelece regras para o setor e é considerada essencial para atrair capital estrangeiro. “Essa iniciativa pode trazer investimentos relevantes, especialmente diante da escassez global de energia. O Brasil tem abundância de fontes limpas e renováveis”, afirmou Alckmin.
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Para o presidente em exercício, o encontro entre Lula e Trump representa uma inflexão nas relações diplomáticas. “Foi uma aproximação importante entre as duas maiores democracias do Ocidente. Agora começa uma fase para aprofundar os laços e buscar oportunidades concretas”, concluiu.
Alckmin definiu o diálogo como “um marco político que reposiciona o Brasil no cenário internacional”, sinalizando uma nova etapa de cooperação entre Brasília e Washington.
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