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Sem citar Master, Galípolo reforça a importância de ampliar e modernizar a supervisão do sistema financeiro

Publicado 24/11/2025 • 16:47 | Atualizado há 9 minutos

KEY POINTS

  • Galípolo diz que o caso Master mostra que “a obra de supervisão nunca está completa” e que o BC precisa evoluir continuamente
  • Presidente destaca atuação integrada entre Banco Central, PF e Ministério Público na investigação
  • Ele afirma que falhas bancárias ocorrem em sistemas financeiros do mundo todo e que o importante é aprender e evitar repetições
próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo

Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (24) que o caso envolvendo o Banco Master reforça a importância de ampliar e modernizar o perímetro de supervisão do sistema financeiro. A declaração foi dada durante um evento organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

“A obra de supervisão nunca está completa, não só da supervisão. O trabalho do Banco Central não tem ponto de chegada, é um movimento contínuo”, disse o presidente, ao comentar as investigações que levaram à operação da Polícia Federal contra o banco.

Segundo Galípolo, a diretoria de fiscalização do BC identificou as irregularidades e notificou o Ministério Público e a Polícia Federal, permitindo que cada órgão atuasse “sem interferir no trabalho do outro”. Ele destacou que problemas dessa natureza não são exclusivos do Brasil e seguem aparecendo em sistemas financeiros avançados, citando episódios recentes nos Estados Unidos e na Suíça.

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“Bancos são instituições falíveis […] Esses problemas vão acontecer. O importante é a gente sempre aprender e conseguir inovar para que você não caia na repetição de problemas que aconteceram no passado, né?”, afirmou.

Críticas e pressões sobre juros

Durante o evento, Galípolo também comentou as pressões políticas em torno da taxa Selic, hoje em 15% ao ano, e reforçou que decisões sobre política monetária não podem ser influenciadas por clima político ou mobilização pública.

“O Banco Central não pode se emocionar porque realmente se perde nas tensões que são decorrentes naturais aí de um aperto monetário”, disse.

Ele reconheceu que há “tensões naturais e até tensões dentro do próprio governo em relação à taxa de juros”, mas avaliou o debate como parte do ambiente democrático. “Se governo não puder falar, não puder debater, não puder propor, quem vai poder?”, questionou.

O presidente do BC voltou a recorrer a metáforas para explicar o papel da instituição. Ao relatar conversa com um brigadeiro durante um voo, afirmou que críticas externas são inevitáveis.

“Sempre que alguém vê a rota fala assim: ‘Essa rota é a pior, você devia fazer essa outra’. Eu explico, mas as pessoas sabem que você tá enrolando”.

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Segundo ele, o comandante respondeu que sua prioridade é “seguir fazendo o que é certo para ser mais seguro para as 400 pessoas que estão aqui no voo”. Para Galípolo, “é muito parecido com o Banco Central”.

O presidente também retomou a comparação do BC com o “último zagueiro” da economia. “O Banco Central é, por definição, o primeiro dos pessimistas e o último dos otimistas. Quando o presidente me convidou, eu falei: ‘O senhor tem consciência que eu sou o zagueiro agora? Sua última linha de defesa. De mim a bola não pode passar’”.

Sobre expectativas para cortes de juros, afirmou que críticas são inevitáveis. “Quando ocorrer ou deixar de ocorrer, vão existir críticas de que foi feito por pressão ou que foi tarde demais”.

Mesmo assim, fez questão de sublinhar que a instituição permanece aberta ao diálogo. “De maneira nenhuma quero dizer que o Banco Central não deve ouvir as críticas”.

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